Presidente da Câmara diz ser possível recuperar "mais tempo" para a Guarda

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, garantiu hoje, um ano após a sua eleição, ser possível recuperar “mais tempo” para a Guarda.

“Ao fim de um ano, é possível recuperarmos mais tempo para a Guarda”, afirmou Álvaro Amaro, eleito pela coligação PSD/CDS-PP. O autarca falava na reunião ordinária da Assembleia Municipal, presidida por Fernando Carvalho Rodrigues, na qual alguns deputados apontaram positivamente o trabalho realizado pelo atual executivo municipal eleito nas eleições autárquicas de 29 de setembro de 2013 “Nós, este ano, ainda não fizemos tudo”, reconheceu Álvaro Amaro, garantindo que a equipa que lidera irá “fazer o melhor” nos próximos três anos para que a Guarda recupere o tempo “perdido” durante os 37 anos de governação socialista. O autarca referiu que este primeiro ano ficou marcado pela auditoria externa às contas do município, que revelou um passivo total de cerca de 91 milhões de euros. Sobre o resultado da auditoria, disse hoje que ainda não percebeu “tudo” e admitiu a possibilidade de, em breve, pedir ao executivo socialista anterior que explique “determinada situação” que não revelou. Devido à herança socialista, o executivo de Álvaro Amaro aprovou um plano de saneamento financeiro e a contração de um empréstimo de médio e longo prazo, no valor de 12,9 milhões de euros, para pagamento de dívidas. O empréstimo seria para realizar junto dos bancos BPI e BES, que apresentaram as melhores propostas, mas, devido à crise no BES, o banco não assumiu o compromisso com a autarquia que teve que recorrer à Caixa de Crédito Agrícola, que tinha apresentado a terceira melhor proposta. A Assembleia Municipal aprovou hoje, por maioria, sem votos contra, a ratificação da contração do empréstimo com a nova entidade bancária. Durante a discussão do assunto, o autarca lembrou que o pedido de saneamento financeiro aguarda visto do Tribunal de Contas, esperando que tenha uma decisão célere. Alertou que devido à atual situação financeira, em dezembro, o município “não tem condições para pagar 700 mil euros ao Estado Português” devidos pelo Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas (PRED). Indicou ainda que no âmbito de um empréstimo com a Caixa Geral de Depósitos a autarquia tinha que pagar 1,2 milhões de euros, mas já negociou “pagar 400 mil euros até 08 de outubro”. “Temos que ter consciência do mar em que estamos a navegar”, alertou Álvaro Amaro. Na sessão de hoje, a Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por maioria, as taxas de Derrama, de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de Direitos de Passagem e da participação variável no IRS para o ano de 2015.


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