“Estamos em condições de fazer isso muito rapidamente”, disse Passos Coelho durante uma visita à fábrica Coficab, na Guarda, no âmbito da pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP para as eleições legislativas de 4 de outubro.
O líder do PSD respondeu ao diretor-geral da Coficab – Companhia de Fios e Cabos, que lhe perguntou se tinha algum “plano” para as portagens.
Pedro Passos Coelho disse que há quatro anos tinha duas prioridades, a primeira relacionada com a renegociação dos contratos das parcerias público-privadas (PPP), para “travar tudo o que eram parcerias público-privadas que não tinham sentido e que iriam acumular ainda mais responsabilidades para o futuro”.
“E essas pararam”, afirmou, adiantando que “prosseguiram apenas duas ou três que já tinham trabalhos muito adiantados e, pelo menos, em dois casos que se justificavam, sobretudo na acessibilidade a Bragança, que não tinha, à época, nenhuma. Era praticamente a única zona do país que não tinha nenhuma acessibilidade desse tipo. E depois, fazer a renegociação desses contratos, que eram ruinosos”, especificou o líder social-democrata.
Segundo Passos Coelho, com este trabalho o Governo poupou “cerca de 7.200 a 7.300 milhões de euros para os próximos 25 anos”.
A segunda prioridade, explicou, “era conseguir que todas as regiões do interior e o Algarve, por uma razão muito específica, tivessem um custo das portagens (…) que promovesse a acessibilidade ainda mais e o desenvolvimento, e, portanto, tivesse uma discriminação positiva no custo da portagem”.
“Devo dizer que, após termos feito a renegociação toda, podíamos ter logo decidido. Não o decidimos por uma razão: porque se o tivéssemos feito as pessoas iriam dizer que o fazíamos por razões eleitorais. Deixámos isso no nosso programa, apesar de termos todas as condições para o praticar já”, explicou.
“Os contratos foram renegociados e agora temos condições para fazer essa discriminação. E mais. Essa discriminação será feita quer relativamente ao tráfego ligeiro, quer também ao de mercadorias”, afirmou, acrescentando: “Estamos em condições de fazer isso muito rapidamente”.
Ainda antes do almoço, Pedro Passos Coelho visita o Instituto Politécnico da Guarda.