Os contratos são revistos, o valor dos ativos é redesenhado e alguns créditos são definitivamente considerados incobráveis. Cerca de 5 em cada 100, não pagam os créditos obtidos junto dos bancos, e muitos deles bem avultados, anormalmente avultados digamos…
São milhares de milhões de euros… Por isso os cumpridores, os que pagam, têm taxas elevadas e custos de gestão igualmente altos., para compensar aqueles. Para além de que a dado momento é necessário colocar mais capital nas Instituições credoras. É a capitalização, como está agora a acontecer com algumas instituições.
Os acionistas, mas também os contribuintes – quando o Estado entra no capital dos bancos, ou estes são públicos ou nacionalizados – são então chamados a essa nobre responsabilidade de dar dinheiro aos bancos para que eles o emprestem (oxalá o cobrassem, também).
Com os milhões de prejuízos registados com essas imparidades e créditos malparados nos balanços de 2016, virá também uma grande quebra de receitas de IRC em 2017.
E essa quebra de IRC é muito preocupante atentas as nossas debilitadas contas públicas, pois as receitas fiscais não arrecadadas em 2017 (face aos prejuízos deste ano) vão ter de encontrar outro universo tributável, para que o défice das contas públicas não supere os 3%.
Obviamente que os contribuintes pagarão – também nesta situação – até ao seu limite para que o equilíbrio das contas públicas não seja posto em causa, ou melhor dizendo, para que o desequilíbrio não sofra agravamentos.