Tempestade Irene, a "visita" inesperada desta Páscoa

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera avisa que temperaturas estão abaixo do valor normal para a época.

A Primavera trouxe uns dias mais amenos mas as mini-férias da Páscoa vão ser marcadas pela ocorrência de chuva, vento forte, queda de neve e temperaturas abaixo do valor normal para a época. A responsável é a tempestade Irene.

Segundo a meteorologista Maria João Frada, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a subida de temperatura dos últimos dias começou a ser contrariada já esta quarta-feira, com a descida das temperaturas na ordem dos 2 a 5/06 graus.

“[Até domingo] vamos ter uma alternância de massas de ar polar e massas de ar tropical, com períodos de chuva ou aguaceiros. Nos dias 29 e 30 [quinta e sexta-feira], vamos ter queda de neve em quotas abaixo dos 1.000 metros. Este cenário vai prolongar-se pelo menos até domingo de Páscoa”, indicou.

A precipitação, explicou Maria João Frada, vai ser mais frequente nas regiões do Norte e Centro e menos frequente e mais fraca no Sul. “A partir da tarde de quinta-feira está prevista uma intensificação do vento [relativamente a terça e quarta-feiras] no litoral, sendo moderado a forte nas terras altas e com rajadas. Depois no dia 30 [sexta-feira], vamos ter uma situação de mar na costa ocidental, com ondas com 4 a 5 metros”, disse.

Segundo a meteorologista do IPMA, as temperaturas não descem apenas esta quarta-feira. Assim, na Sexta-feira Santa, voltam a descer 2 a 6 graus, situando-se as máximas entre os 12 e os 15 graus na generalidade do território e os 15 e os 18 no Algarve.

“No sábado vamos ter uma oscilação, ou seja, uma pequena subida de 02/03 graus e no domingo mantêm-se assim. Uma vez que estamos na recta final de Março, as temperaturas estão abaixo dos valores normais para esta altura do ano”, disse.

No que diz respeito ao início da próxima semana, Maria João Frada indicou que a probabilidade de chuva é de 60 a 90% nas regiões do Norte e Centro e inferior a 50% no Algarve.

Apesar das previsões de mau tempo, um estudo da Associação de Hotelaria de Portugal revelou que oito em cada dez hoteleiros acreditam que as receitas de alojamento obtidas durante o período das férias da Páscoa serão “iguais ou melhores” às de 2017.


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