Fã ou não de astronomia, este é um acontecimento a não perder para os colecionadores de raridades. Afinal, a super-lua de hoje não acontecia há 68 anos e a previsão é que só se volte a repetir em 2034.
Este está a ser um outono rico neste tipo de fenómenos, com todas as luas-cheias – 16 de outubro, 14 de novembro e 14 de dezembro – a serem consideradas superluas. Na prática, para isso acontecer é necessário que a Lua esteja a uma distância da Terra inferior a 110% do perigeu da sua órbita.
Em Lisboa, serão 11h22 quando a Lua atingirá o perigeu – o ponto da sua órbita mais perto da Terra. Apesar de acontecer durante o dia, espera-se que o fenómeno se mantenha durante horas, de modo no instante do seu nascimento, que hoje ocorre às 17h49. E para aproveitar o fenómeno ao máximo, o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) aconselha locais que tenham o horizonte desimpedido na direção nordeste. Em Lisboa, por exemplo, o Parque das Nações é uma boa opção.
O fenómeno A trajetória da Lua é elíptica e, como chega a fazer um círculo perfeito em redor da Terra, existem datas específicas em que o satélite está mais próximo ou distante da Terra.
A super-lua é um fenómeno relativamente comum, que ocorre em média seis vezes por ano. Neste caso em específico, a lua fica cheia no mesmo dia em que atinge o perigeu. Por isso, entra na fase cheia duas horas antes, o que faz com que esta seja uma super-lua ainda maior. Segundo a Nasa, a lua de hoje deve atingir um tamanho 14% superior e ficar 30% mais brilhante do que o habitual. Segundo o OAL, amanhã, a lua, que nascerá às 18h40, estará sob este efeito de ilusão de ótica e continuará a parecer maior e mais brilhante.
A última vez que tal aconteceu foi em 1948, com a órbita da lua a 356.461 quilómetros, cerca de 48 quilómetros mais próxima do que a de hoje. no futuro, o fenómeno só se volta a repetir com intensidade semelhante dia 25 de novembro de 2034, com a lua a ficar a 356.445 quilómetros da Terra.