Projeto OLIVECOA está concluído e caracteriza as oliveiras centenárias do Vale do Côa

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A Fundação Côa Parque apresentou este sábado o catálogo elaborado na sequência do projeto OLIVECOA, que estudou as cerca de 150 oliveiras centenárias da região.

O projeto resultou de um consórcio liderado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), através do Centro de Investigação de Montanha, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Fundação Côa Parque.

Em declarações aos jornalistas, o investigador do IPB Nuno Rodrigues explicou que o projeto teve como incidência o estudo das oliveiras centenárias do Vale do Côa, no distrito da Guarda, onde existe um grande património paisagístico e cultural associado às gravuras rupestres existentes neste território.

“Este projeto abrangeu cerca de 150 oliveiras. Não tivemos só como estudo o valor científico destas plantas, mas também a inovação da qual resultou a obtenção de novos produtos olivícolas e também a criação de novos itinerários turísticos, para que os visitantes possam partir para a descoberta desta região da sua gastronomia e paisagem”, destacou o investigador.

De acordo com Nuno Rodrigues, em cada planta foi feito um estudo biométrico do tronco e da copa e a caracterização morfológica da folha, fruto e caroço, para a recolha de todas as informações necessárias relativas às características das oliveiras deste território.

“Após este estudo foram colhidas as azeitonas de cada planta [oliveira] e extraído o seu azeite para estudar as suas características organoléticas”, indicou.

Durante o estudo, foi também realizado um levantamento de lendas e histórias do território onde estão incluídas as oliveiras.

De todo o processo resultou a elaboração de um catálogo, que incluiu 65 oliveiras das mais emblemáticas, do total das 150 referenciadas.

O projeto OLIVECOA possibilitou também a preparação de vários produtos, que poderão ser aproveitados e potenciados pelos agentes económicos locais.

“A título de exemplo, foi criado um lote de azeite exclusivamente feito de azeitonas produzidas por oliveiras centenárias, assim como azeitonas descascadas, conhecidas como ‘alcaparras’, dando a conhecer o que melhor a região tem em matéria olivícola”, salientou Nuno Rodrigues.


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