De acordo com a Comissão Executiva o balanço “é, inequivocamente, muito positivo e estas Jornadas excederam as expetativas, desde logo pelo elevado número de presenças, pelo interesse que despertaram e pela forma como decorreram”.
O Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Miguel Mendes, considerou, nas palavras que dirigiu aos participantes, que o programa científico destas Jornadas se distinguiu “pela sua abrangência e orientação no sentido de dar resposta às necessidades de atualização e de formação dos diversos tipos de profissionais de Saúde envolvidos na prestação de cuidados”.
Miguel Mendes acrescentou que “o reforço dos serviços de Cardiologia em meios humanos e tecnológicos, a organização em rede dos vários hospitais da zona centro, a constituição de equipas pluridisciplinares, a articulação dos serviços hospitalares com a Medicina Interna e os Cuidados de Saúde Primários, para além do estabelecimento de alianças e pontes com a Escola e as Famílias são as iniciativas-chave necessárias para continuarmos a melhorar os indicadores do país em patologia cardiovascular”.
Para João Morais, presidente eleito da SPC, as Jornadas de Cardiologia da Zona Centro são “um marco importante no âmbito da formação continuada de profissionais na área da Medicina Cardiovascular. Todos os anos, e já lá vão mais de duas décadas, estas jornadas juntam os profissionais que na zona centro a esta área do saber se dedicam, proporcionando ainda momentos de convívio, igualmente importantes numa vida cada vez mais atribulada que hoje vivemos”.
Recorde-se que programa destas Jornadas integrou a realização de um “Curso de Anticoagulação” e de um “Curso de ECG”, os quais antecederam o desenvolvimento de telas como “Diabetes Mellitus e Metabolismo” painel que englobou intervenções sobre “O que deve o cardiologista saber da diabetes? Quando referenciar?”, “Os novos fármacos na diabetes”, “Os novos fármacos na dislipidemia (PCSK99)”, e “O papel da Vitamina D na proteção cardiovascular”.
“Novas abordagens no tratamento da angina de peito: da evidência à experiência” e “O papel da unidade coronária para o progresso da medicina cardiovascular” foram os temas de duas das conferências apresentadas no primeiro dia, em que foram abordados vários casos clínicos.
“Atualizações em Cardiopneumologia”, “As atualizações em ecocardiografia”, “As atualizações em Prova de Esforço”, “As atualizações em Holter e MAPA”, “As Atualizações em Hemodinâmica” e “As Atualizações em Pacing” foram temáticas igualmente integrantes do programa destas Jornadas onde se falou de “Reabilitação Cardíaca: experiência de diferentes centros”, “Noções Básicas de Eletrocardiografia” e de “Risoterapia”.
No sábado, 22 de Outubro, o programa abriu com um Fórum Cardiológico subordinado ao tema “As recomendações europeias”, com incidência na “Prevenção Cardiovascular e dislipidemias”, “Insuficiência Cardíaca”, “Endocardite Bacteriana”, “Fibrilhação Auricular” e “Disritmias Ventriculares”.
Falou-se, depois, de “Doença Coronária”, painel que contemplou a abordagem de “Quando ativar Hemodinâmica” (“Emergente e Urgente” e “Eletiva”) e Estratégia conservadora “Para quem, como e quando?”, “Imagem na Doença Coronária” e “Avanços na imagem não invasiva”.
No período da tarde esteve em destaque a “Hipertensão Pulmonar na Zona Centro: organização de cuidados e casos clínicos” e “Ablação de FA – referenciação da Zona”, “O doente HTA resistente”, “O Doente com apneia de sono”, “O doente com síndrome cardiorenal” e “O doente com toxicidade cardíaca”.
