A Comissão Parlamentar de Ambiente aprovou esta terça-feira a proibição de dar aos clientes os sacos de plástico ultraleves habitualmente usados para fruta, legumes e pão, mas alargou o prazo inicialmente previsto na proposta votada em abril na generalidade indo ao encontro da reivindicação das empresas de distribuição que tinham pedido mais tempo.
A proposta inicial era do Partido Ecologista “Os Verdes” que revela que a proibição entrará em vigor a meio de 2023, acabando com os sacos de plástico ultraleves mas também com a venda de frutas e legumes acondicionados em cuvetes descartáveis que contenham plástico ou esferovite.
Até lá as empresas vão ter de encontrar alternativas, sendo que a ideia dos deputados é que em vez de plásticos sejam usados materiais sustentáveis.
Os estabelecimentos comerciais também deverão adaptar-se, até 2023, aos consumidores que pretendam levar os seus próprios sacos para acondicionar o pão ou as frutas e legumes que compram.
Prazo alargado
A deputada Heloísa Apolónia explica à TSF que a proposta inicial d’Os Verdes previa o fim destes produtos em julho de 2020, mas o PS acabou por propor e conseguir alargar o prazo para julho de 2023.
O novo prazo não convence o partido que fez a proposta inicial, mas a deputada sublinha que já é um bom avanço para evitar que as pessoas “tragam tanto lixo” cada vez que vão ao supermercado.
Heloísa Apolónia garante que as empresas têm agora muito tempo para se adaptarem e encontrar alternativas que já existem, sejam elas sacos de papel em vez de plástico ou outras alternativas biodegradáveis, “além do saco próprio que o consumidor pode levar cada vez que vai às compras”.