A Câmara Municipal da Guarda vai criar uma comunidade de energia renovável no parque industrial da cidade para tornar as empresas ali instaladas mais eficientes e competitivas.
O concurso público para a conceção e construção desta comunidade energética tem um valor base de cerca de 4,6 milhões de euros (ME) e a abertura do procedimento foi aprovada ontem na reunião quinzenal do executivo, realizada ao final da manhã.
“É uma empreitada muito importante porque vai contribuir para aumentar a competitividade das nossas empresas e reduzir a sua fatura energética, já que o projeto implica a produção de eletricidade renovável para autoconsumo”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara da Guarda, no final da sessão.
Financiado na totalidade pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), o projeto vai consistir na instalação de “uma grande quantidade” de painéis solares nas coberturas existentes na área empresarial mais antiga da Guarda, onde laboram perto de uma centena de pequenas e médias empresas.
“Esta é a medida principal e o objetivo é reduzir os custos energéticos das empresas”, adiantou o autarca.
Outra medida prevista é a instalação de uma antena de telecomunicações 5G, para garantir a cobertura total de banda larga rápida naquela área e “estarmos preparados para o futuro daquilo que é inovação e as novas tecnologias”, acrescentou Sérgio Costa.
O projeto também contempla a disponibilização de postos de carregamento para viaturas elétricas e a hidrogénio, bem como a colocação de um sistema de vigilância contra incêndios na envolvente do parque industrial.
“São medidas muito importantes que estavam previstas na candidatura ao PRR, numa empreitada que esperamos que seja possível levar a cabo em 2025”, afirmou o edil.
O executivo guardense também aprovou, ontem, a adjudicação da primeira fase da requalificação da avenida de São Miguel, na Guarda-Gare, por 1,6 milhões de euros.
“É uma obra tão aguardada há vinte ou trinta anos e que vamos agora candidatar aos fundos comunitários. A primeira fase vai da rotunda do Anjo ao largo 1.º de Maio, abrangendo a rua da Corredoura até ao Centro de Saúde de São Miguel”, especificou Sérgio Costa.
O presidente do município acrescentou que a empreitada deverá decorrer “durante o ano de 2025”.
“É a primeira fase porque não conseguimos avançar ao mesmo tempo, sob o ponto de vista financeiro e técnico, com a requalificação da avenida em toda a sua extensão, até à Rasa. Quando estiver concluída avançaremos para a segunda fase, até porque já temos o projeto concluído”, garantiu o presidente da Câmara da Guarda.
