Grupo de voluntários ajuda região de Viseu a recuperar empresas

Licenciamentos, seguros, questões jurídicas e económicas e outras relativas a fundos comunitários que estavam em andamento ou em candidatura são algumas das ajudas.

A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) tem a partir de ontem um grupo de voluntários, peritos em várias áreas, disponível para ajudar na recuperação das empresas afetadas pelos incêndios de 15 e 16 de outubro.
Em conferência de imprensa, o presidente da AIRV, Carlos Marta, explicou que este grupo pretende ajudar os empresários da região a agilizarem processos, contribuindo assim de “forma decisiva para a recuperação da região” e, em particular, das micro e pequenas empresas.

O território de atuação do Grupo de Missão para a Recuperação Empresarial – Recuperar 2017 abrange os concelhos de Carregal do Sal, Gouveia, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Seia, Tábua, Tondela, Viseu e Vouzela.

“Este grupo de missão, constituído no âmbito da AIRV, tem um conjunto de pessoas das diversas áreas, como marketing, economia, finanças e seguros, que vão trabalhar voluntariamente e sem qualquer pagamento”, referiu.
Jorge Loureiro, diretor da AIRV, que esteve numa reunião com o primeiro-ministro, lembrou que o tecido empresarial da região é constituído sobretudo por micro e pequenas empresas.

Segundo o responsável, o apelo do primeiro-ministro foi de que a AIRV pudesse “facilitar e ajudar os empresários a terem acesso a um conjunto vastíssimo de mecanismos” que têm sido divulgados nas últimas semanas, de que é exemplo o pacote de 100 milhões de euros para a reposição do tecido empresarial afetado.

“A grande questão que se coloca é, como é que no meio de tantos apoios, estes microempresários, muitos deles ainda completamente atordoados e com indefinições relativamente ao que fazer, lhes podem ter acesso”, frisou.

Licenciamentos, seguros, questões jurídicas e económicas e outras relativas a fundos comunitários que estavam em andamento ou em candidatura são algumas das ajudas que o grupo poderá dar, acrescentou.

O empresário Filipe Santos esclareceu que se trata de “um movimento aberto”, que poderá receber mais voluntários e mais competências.

Já a empresária Patrícia Araújo sublinhou a importância de “lutar para que o interior continue a ter dinâmica e renasça das cinzas”, concretamente no que respeita à dinâmica empresarial.

“Para os cidadãos já temos assistido, felizmente, a muitos movimentos. No que diz respeito ao tecido empresarial não sentíamos essa mesma dinâmica, o que não significa que não existisse”, afirmou.

Esta ajuda contempla todos os setores de atividade, estando a ser estabelecida uma conjugação de esforços com organismos públicos de várias áreas e o grupo de missão.


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