Os resultados preliminares da atividade turística no país em 2019, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), comprovam que o ano passado foi o melhor de sempre para o Centro de Portugal nos principais indicadores: dormidas, hóspedes e proveitos.
No indicador do número total de hóspedes, entre janeiro e dezembro de 2019, o Centro de Portugal recebeu 4.124.057 hóspedes, que tinham sido 3.895.612 no mesmo período de 2018. Ou seja, num ano a região foi visitada por mais 228.445 hóspedes – uma subida de 5,9%.
Se se comparar o número de hóspedes num período de cinco anos, entre 2015 e 2019, verifica-se um crescimento de 43,2%, de 2.879.206 para 4.124.057, o que demonstra o grande interesse que a região despertou nos anos mais recentes.
Acresce que os números hoje revelados pecam por defeito, uma vez que os dados preliminares do INE são, normalmente, revistos em alta numa fase posterior.
Dormidas ultrapassaram os 7 milhões
Os números positivos da região comprovam-se igualmente no indicador de dormidas. No total, as dormidas de visitantes somaram 7.102.061, segundo estes resultados preliminares. Um resultado nunca antes alcançado pela região e que suplanta em 4,8% as 6.777.827 dormidas de 2018. Em cinco anos, o total de dormidas subiu 40,4%: em 2015 tinham sido 5.058.446.
Este grande acréscimo de dormidas em 2019 na região deve-se, na maioria, ao aumento das dormidas dos visitantes de dentro do país. Estas subiram de forma expressiva: tinham sido 3.776.969 dormidas de residentes em 2018; os números preliminares de 2019 apontam para 4.000.496 – pela primeira vez, os visitantes nacionais foram responsáveis por mais de 4 milhões de dormidas. Uma subida de 5,9%, que mostra que o território do Centro de Portugal atrai cada vez mais visitantes de outras regiões do país. Analisando um período de cinco anos, verifica-se que em 2015 tinham sido 2.966.945 dormidas: um aumento de 34,8% em apenas cinco anos.
Paralelamente, as dormidas de visitantes de fora do país continuaram também a subir. Em 2018, tinha-se registado um total de 3.000.858 dormidas de visitantes oriundos de fora de Portugal; em 2019, os números preliminares são de 3.101.565: mais 3,4%. Em cinco anos, este total subiu 48,3%, uma vez que em 2015 as dormidas de estrangeiros tinham somado 2.091.501.
Proveitos cresceram em 2019
Um indicador também importante é o que se refere aos proveitos totais nos estabelecimentos de alojamento turístico, que foram extremamente positivos para os empresários. Em 2018, o Centro de Portugal tinha registado proveitos globais de 332,8 milhões de euros; em 2019, estes valores (ainda preliminares) subiram para 355,1 milhões, num crescimento de 6,7%. O rendimento médio por quarto ocupado também subiu, de 63,1 para 64,1 euros.
Para se ter uma ideia mais clara da importância deste crescimento, atente-se que, em 2015, os proveitos tinham somado 222,5 milhões de euros: foram mais 132,6 milhões de euros em cinco anos, ou uma subida de 59,6%, dado muito animador para os empresários que investem no turismo da região.
Ressalve-se novamente, no entanto, que todos os números de 2019 são provisórios e pecam por defeito.
“Os resultados preliminares de 2019 são extremamente positivos para o Centro de Portugal. Este foi o ano em que, pela primeira vez, a região ultrapassou o marco histórico das 7 milhões de dormidas. Em cinco anos houve um aumento de 2 milhões de dormidas e de 132 milhões de euros de receitas nos estabelecimentos de alojamento, o que é verdadeiramente notável”, destaca Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal e da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal.
“Estes números promissores devem-se, acima de tudo, ao grande esforço dos empresários da região, que todos os dias encontram novas formas de ultrapassar os múltiplos desafios que enfrentam, apresentando novos produtos turísticos e melhorando os já existentes. Estão também de parabéns a equipa da Entidade Regional de Turismo, as autarquias e as comunidades intermunicipais, que em conjunto descobrem novas formas de aumentar a atratividade do Centro de Portugal”, acrescenta.