Região Centro cria modelo de governação para valorização das zonas termais

A Agenda para a Valorização dos Territórios Termais para a Região Centro foi hoje apresentada e integra um modelo de governação de uma rede que deve trabalhar as oportunidades, debilidades e prioridades identificadas.

“O trabalho em rede é fundamental para que a agenda se concretize. Se não houver trabalho em rede, não vai haver agenda concretizada e o modelo de governação traduz isso muito bem”, adiantou o coordenador do grupo de trabalho da agenda.

Filipe Teles, pró-reitor da Universidade de Aveiro e coordenador da Plataforma de Inovação “Promover Inovação Territorial” da RIS3 do Centro, liderou durante 10 meses um grupo que reuniu e discutiu propostas para a região Centro trabalhar no sentido de valorizar as suas zonas termais.

O modelo de governação para que essa agenda avance, defendeu Filipe Teles, deve ser “um órgão de representação dos diferentes atores e agentes públicos e privados que atuam neste setor associado à água mineral e ter uma estrutura de coordenação para implementação da agenda”.

Este documento, explicou à agência Lusa Filipe Teles, “identifica oportunidades, debilidades, prioridades de intervenção que permitam valorizar estes territórios termais, cujas atividades económicas podem decorrer ainda mais em torno deste recurso que é fundamental, que é a água mineral”.

A apresentação foi antecedida por um debate entre elementos que, nos últimos 10 meses, trabalharam na criação da agenda em que “a valorização da água mineral, a diversidade da oferta e a preservação da identidade de cada estância termal” foram dos pontos mais defendidos.

E, neste sentido, Filipe Teles defendeu que “a rede deve funcionar a uma escala menor como ter micro-redes” e, a título de exemplo, deu São Pedro do Sul, anfitrião da apresentação e das termas da região.

Assim, “pode haver um território privilegiado como a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões que poderá atuar em micro rede, dentro da rede da região Centro” que alberga 27 estâncias termais.

“Parece-me ser o modelo mais claro que traduz a preocupação da região num trabalho de articulação, de esforços, de informação, de partilha de recursos e o objetivo fundamental de um trabalho em rede que é ter uma orientação comum de valorização” da região defendeu.

A agenda foi entregue à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, “um dos principais atores deste processo” e que, no entender de Filipe Teles, “deverá apoiar e facilitar” a implementação da agenda.

“Estou certo de que alguns dos agentes envolvidos ou membros do grupo de trabalho, certamente, estarão interessados em bater à porta da CCDR e dizer precisamos de espaço para uma reunião e será o primeiro passo para a criação da estrutura e arranque da agenda”, disse.

Do grupo de trabalho fizeram parte a presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa e diretora geral da Labfit – HPRD, Ana Palmeira de Oliveira, e a coordenadora da Associação das Aldeias Históricas de Portugal, Dalila Dias.

Ainda o vice-presidente da Câmara Municipal de Anadia e presidente da direção da Associação das Rotas do Vinho de Portugal, Jorge Sampaio, e o presidente da direção Associação das Termas de Portugal e presidente do Conselho de Administração das Termas São Pedro do Sul, Victor Leal.

E também o presidente do Conselho de Administração do Grande Hotel do Luso, João Diniz, o presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, e a representante da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) Maria José Mouro.


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