Procura turística no Centro três vezes mais alta em julho do que média nacional

A procura turística do Centro de Portugal cresceu no mês de julho três vezes mais do que a média nacional, de acordo com os resultados preliminares publicados na passada sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a Turismo do Centro, este crescimento, em linha com o que tem acontecido desde o início do ano, tem ainda maior impacto tendo em conta que a região foi devastada este verão por muitos incêndios, que só no mês de junho provocaram 64 mortos e consumiram mais de 50 mil hectares de floresta em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Góis e Sertã, entre outros.

“Este crescimento, notório em todos os indicadores, é um forte sinal de que a estratégia seguida pelos intervenientes na área da atividade turística do Centro de Portugal é a correta e está a dar frutos”, garante a Entidade Regional presidida por Pedro Machado.

Os números do INE indicam que houve um aumento de 13,3% no total de dormidas em hotelaria, em comparação com julho de 2016.

Este aumento é “particularmente expressivo” quando comparado com o crescimento nacional no mesmo período, que foi de 4,7%.

Em valores absolutos, registaram-se 626 mil dormidas em julho no Centro de Portugal, mais 73,3 mil do que no mesmo mês do ano anterior.

As visitas de estrangeiros contribuirão decisivamente para o crescimento, com as dormidas de não residentes no Centro de Portugal a dispararem 25,5%, para 319,8 mil. O Centro foi a região que mais cresceu neste indicador, com quase cinco vezes mais que a média nacional, que foi de 5,4%.

Já as dormidas de cidadãos nacionais no Centro totalizaram 306,3 mil – uma subida de 2,8%. O número de hóspedes no Centro de Portugal foi 325.984 em julho, uma variação de 13% relativamente ao mesmo período do ano passado.

Considerando os dados acumulados no período janeiro-julho de 2017, o Centro de Portugal apresenta um acréscimo de 14,9% nas dormidas (face a 8,5% de crescimento médio nacional). Nestes sete meses, as dormidas de não nacionais progrediram 28,2% (face a 10,2% na média nacional).

Os bons resultados nas dormidas têm reflexo positivo nas receitas, registando-se entre julho de 2016 e julho de 2017 um forte crescimento nos proveitos totais (14,3%) da atividade turística no Centro de Portugal, assim como na taxa de ocupação, que subiu 5%.

Nos primeiros sete meses, de janeiro a julho, há um crescimento de 19,1% nos proveitos totais.


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