Portugal coloca 1,5 mil milhões, juros descem a 18 meses

O IGCP viu hoje os investidores exigirem um preço mais baixo pelos títulos a 18 meses e mais alto a três. O Tesouro português colocou no mercado primário 1,2 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 18 meses – com maturidade em Setembro de 2014 -, a um taxa de juro média de […]

O IGCP viu hoje os investidores exigirem um preço mais baixo pelos títulos a 18 meses e mais alto a três.
O Tesouro português colocou no mercado primário 1,2 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 18 meses – com maturidade em Setembro de 2014 -, a um taxa de juro média de 1,506%, abaixo dos 1,963% da última emissão comparável. A procura superou em 2,1 vezes a oferta, ligeiramente abaixo do último leilão a 18 meses, em que o rácio se fixou em 2,7. Já nos títulos a três meses, os investidores exigiram um preço mais alto do que na última emissão comparável. Portugal colocou 300 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com maturidade em 21 de Junho, pagando um juro médio de 0,757%, ligeiramente acima dos anteriores 0,737. A procura superou em 3,9 vezes a oferta, um rácio bastante superior ao do último leilão, no qual se registou um rácio de 2,4. Portugal vendeu assim 1,5 mil milhões de euros, o limite superior do montante indicativo da operação. «A colocação correu de forma positiva, com o mercado a continuar a privilegiar, neste momento, a compra de instrumentos dos periféricos devido à falta de alternativas de investimento», sublinha Filipe Garcia, economista da IMF – Informação de Mercados Financeiros. Explica que a descida dos juros a 18 meses pode ainda ser efeito do alargamento das maturidades do empréstimo europeu a Portugal e Irlanda e acredita que “a mensagem mais importante é que a questão do Chipre não contaminou este leilão”. A ideia é corroborada por Jan Von Geirich, estratega do Nordea Bank. Em declarações à Reuters, Von Geirich sublinhou que os leilões de Bilhetes do Tesouro são «em grande medida, um assunto de rotina» e que «nem se esperava outra coisa» que não um bom resultado hoje. O leilão de hoje foi o primeiro após a Comissão Europeia ter revisto em baixa as previsões económicas, a 22 de fevereiro, e de a Standard & Poor’s ter revisto em alta o ‘outlook’ da economia portuguesa, há duas semanas. E realizou-se numa altura em que o Chipre tenta evitar a bancarrota, depois de ter chumbado o resgate europeu proposto pelo Eurogrupo.

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