O gabinete de estatísticas da União Europeia divulgou hoje a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos 18 países da zona euro e dos 28 países da União Europeia (UE), confirmando dados já anteriormente divulgados. O PIB da zona euro (corrigido de variações sazonais) registou um crescimento nulo (0,0%) entre abril e junho face ao trimestre anterior, enquanto o do total da UE avançou uns ligeiros 0,2%, na comparação em cadeia. No primeiro trimestre deste ano, o PIB tinha aumentado 0,2% na zona euro e 0,3% na UE. Já face ao mesmo trimestre do ano anterior, o PIB dos 18 países que partilham a moeda única cresceu 0,7% e o dos 28 países da UE avançou 1,2%. No primeiro trimestre, em termos de comparação homóloga, tinham crescido 1% e 1,4%, respetivamente. Quanto à economia portuguesa, cresceu 0,6% no segundo trimestre face ao primeiro e 0,8% face a igual período do ano passado, confirmando a estimativa rápida já conhecida. A economia portuguesa desacelerou, assim, em termos homólogos, já que no primeiro trimestre do ano havia crescido 1,3%. Na evolução em cadeia, a economia voltou a crescer, quando no primeiro trimestre tinha recuado 0,6%. Quanto a outros Estados-membros, os maiores crescimentos em cadeia no segundo trimestre foram os de Malta (1,3%), Letónia (1%) e Lituânia, Hungria e Reino Unido (0,8% cada um). Já as maiores quedas pertenceram à Roménia (1%), Dinamarca e Chipre (0,3% cada), assim como Alemanha e Itália (0,2%). Para efeitos de comparação, o Eurostat divulga a variação do PIB de outras grandes economias mundiais. Por exemplo, a economia dos Estados Unidos cresceu 1% no segundo trimestre face ao período anterior (depois da queda de 0,5% no primeiro trimestre) e 2,5% em termos homólogos (1,9% no primeiro trimestre). As estatísticas hoje divulgadas sobre o PIB ainda são baseadas na versão SEC 1995 do sistema europeu de contas nacionais e regionais. As próximas divulgações já serão baseadas no SEC 2010, que introduz alterações ao tratamento dos dados. No final de agosto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta os impactos do novo Sistema Europeu de Contas e dos Censos 2011 na economia portuguesa, estimando que o PIB aumente 2,9% no ano base, 2011. Com as alterações introduzidas pelo Sistema Europeu de Contas (SEC2010), mas também com a incorporação da informação dos Censos 2011, o INE afirmou que “o PIB [português] de 2011 é reavaliado para cerca de 176,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um nível superior em 2,9% ao apurado na anterior base 2006”.