Capoulas Santos levou uma palavra de solidariedade aos viticultores afetados, muitos dos quais vivem do rendimento do vinho, mas anunciou também que há instrumento financeiros que permitem dar «vários tipos de resposta».
«Em primeiro lugar, quanto às plantações destruídas, é possível apoiar a replantação das vinhas destruídas com um financiamento público que pode ir até 85%», afirmou.
E, continuou, «a destruição mais onerosa é aquela que tem a ver com os muros de suporte, que são infraestruturas caras que vai ser necessário repor mas para as quais temos também instrumentos que nos permitem ajudar o financiamento entre os 50 a 80% a fundo perdido».
O ministro espera que o levantamento «rigoroso» dos estragos esteja concluído em um mês e que, nessa altura, seja possível abrir as candidaturas aos fundos comunitários e às quais vai ser dada «máxima prioridade na aprovação».
O Douro é, segundo o governante, a região mais afetada pelas intempéries, havendo no entanto, situações reportadas também no Baixo Mondego e Viana do Castelo.
«Para este caso em concreto vamos abrir um novo processo de candidaturas ao qual iremos dar a máxima prioridade na aprovação. Temos os fundos comunitários necessários e temos a contrapartida nacional necessária, que estão previstos no Orçamento de Estado que está para aprovação na Assembleia da República», salientou.
Capoulas Santos reuniu-se com agricultores e autarcas das zonas mais afetadas, como Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Peso da Régua e Resende e foi depois ao terreno ver algumas das situações de derrocadas que arrastaram vinhas ou caminhos que aluíram.
Muitos dos estragos provocados pela chuva intensa ocorreram em vinhas novas, que foram recentemente intervencionadas e onde, segundo denúncia do presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, em alguns casos «não foram respeitadas as linhas de água». O autarca falou em «projetos mal elaborados, mal executados e mal fiscalizados».
Questionado sobre esta situação, o ministro disse que é «necessário corrigir os erros para evitar situações futuras», no entanto ressalvou que acredita que a principal causa dos prejuízos «foi a anormal pluviosidade em poucas horas».
No terreno estão técnicos das direções regionais a fazerem o levantamento dos danos, mas para acelerar o processo, o ministro pediu a ajuda das diversas organizações de agricultores, bem como dos próprios municípios.
Capoulas Santos quer uma «avaliação rigorosa» das situações para evitar também «aproveitamentos» desta calamidade, mas espera que se consiga dar uma resposta para o rápido restabelecimento deste potencial produtivo e garantir às pessoas a continuidade dos seus rendimentos. O ministro acredita que os prejuízos, no seu conjunto, ascendem a «algumas dezenas de milhões de euros».