Covid-19: Governo gasta 20 milhões no primeiro lote de vacinas contra a Covid-19. Vacinação será gratuita

O Conselho de Ministros, através de uma reunião eletrónica, autorizou o investimento de 20 milhões de euros na aquisição do primeiro lote de vacinas. António Costa anunciou que esta será gratuita.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o Governo autorizou um investimento de 20 milhões de euros em contratos a celebrar para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. A vacinação será “progressiva, universal e gratuita” para a população portuguesa assegurar esta imunização, garantiu António Costa num evento em Gaia.

“O Conselho de Ministros aprovou, por via eletrónica, a autorização para o investimento de 20 milhões de euros em contratos a celebrar para a aquisição de vacinas contra a Covid-19“, lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira, após um conselho de ministros eletrónico. O Governo esclarece que este montante “corresponde à primeira fase dos procedimentos aquisitivos, a realizar em 2020, assegurando a aquisição de 6,9 milhões de doses”, tal como tinha antecipado esta quarta-feira o Infarmed.

Do comunicado do Conselho de Ministros e das declarações de António Costa, não fica claro se estes 20 milhões de euros referem-se ao primeiro lote de 690 mil, que poderá chegar até ao final do ano, segundo o Infarmed, ou ao total de 6,9 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

De qualquer das formas, Portugal garante assim a sua participação no procedimento europeu centralizado que está a ser conduzido pela Comissão Europeia. Ainda esta quinta-feira o executivo comunitário anunciou mais um acordo para a aquisição das vacinas de uma farmacêutica alemã.

Estas 6,9 milhões doses de vacinas — que cobrem cerca de dois terços da população portuguesa — correspondem, segundo a TSF, à quota que cabe a Portugal do lote de 300 milhões de vacinas acordadas entre a Comissão e o laboratório francês Sanofi-GSK. A UE tem também acordo com a AstraZeneca, para mais 300 milhões de doses, e com a Johnson & Johnson, para mais 400 milhões de doses.

A aquisição das vacinas será financiada pelo Instrumento de Apoio de Emergência que a Comissão Europeia criou durante a pandemia, sendo que ainda não se conhecem os preços. Nos comunicados que divulgou, Bruxelas apenas informou que as vacinas serão para os 27 Estados-membros e para doações a países com rendimentos mais baixos.

No evento em Gaia sobre a nova unidade de cuidados intensivos do hospital, que deverá estar pronta em novembro, o primeiro-ministro antecipou, em declarações transmitidas pela RTP3, que caberá à Direção-Geral da Saúde (DGS) definir os critérios da vacinação, definindo a estratégia nacional e as correspondentes populações-alvo numa fase inicial.

António Costa avisou ainda que “vem aí o outono e o inverno” e que “temos de desejar o melhor, mas preparar para o pior”, alertando que não vai ser possível repetir a “capacidade de resposta” que houve em março. Ou seja, “o ano letivo não pode decorrer com as escolas totalmente encerradas” e “não podemos voltar a encerrar empresas porque isso significa milhares de postos de trabalho em risco“, concretizou. Contudo, deixou uma mensagem positiva: “Estamos mais preparados do que em março”.


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