“O que é confrangedor neste momento é, para além da incapacidade para resolver o problema, sendo um problema da gravidade que é, que o primeiro-ministro até agora ainda não tenha dito uma palavra a propósito da situação, nem sobre a sua resolução”, sustentou o autarca, que também é presidente da Câmara Municipal de Gouveia, no distrito da Guarda.
Luís Tadeu realçou que “aparentemente o Governo estará despreocupado com a situação e deixa andar”, porque nem resolve a situação que se alastra a todo o país, “nem responde aos pedidos de reunião” solicitados pelos autarcas.
“Já pedimos por duas vezes uma reunião com urgência ao ministro da Saúde e até agora não houve resposta. Da parte do ministro, a preocupação não parece ser a necessária. Ou o Governo resolve ou temos de tomar outras posições. Como autarcas, temos as nossas populações a sofrer, com esta falta de prestação de cuidados. Temos de tomar as medidas que entendermos em conjunto, embora salvaguardando que não temos competência na saúde e não temos poderes para ultrapassar estas deficiências graves”, sustentou o autarca, à agência Lusa.
Tadeu avisou ainda: “Ou têm competência e resolvem ou declaram-se incompetentes e saem”.
Dos 15 municípios que integram a CIMBSE, 12 são do distrito da Guarda servidos pela Unidade de Saúde (ULS) da Guarda que tem registado constrangimentos no serviço de Urgência.
Em todas as sextas, sábados e domingos deste mês, a Urgência do hospital da Guarda não terá medicina interna, nem cirurgia geral, por falta de médicos nas escalas.
Os doentes que necessitarem de atendimento diferenciado nestas valências são encaminhados para outras unidades hospitalares da região.
A CIMBSE tem sede na Guarda e é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).