Classificação de janela manuelina da Guarda é “reconhecimento público” do monumento

A janela manuelina do antigo Paço Episcopal da Guarda foi classificada como monumento de interesse público, medida que constitui o «reconhecimento público do valor cultural» da estrutura. Segundo a vereadora Elsa Fernandes, responsável pelo pelouro do turismo, a autarquia entende a classificação da janela manuelina «como um reconhecimento público do valor cultural de tal monumento, […]

A janela manuelina do antigo Paço Episcopal da Guarda foi classificada como monumento de interesse público, medida que constitui o «reconhecimento público do valor cultural» da estrutura.
Segundo a vereadora Elsa Fernandes, responsável pelo pelouro do turismo, a autarquia entende a classificação da janela manuelina «como um reconhecimento público do valor cultural de tal monumento, cujo apreço local e nacional sempre foi inquestionável». A janela do antigo Paço Episcopal foi classificada como monumento de interesse público, por portaria assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, publicada esta sexta-feira em Diário da República. A portaria fixa ainda a zona especial de proteção do monumento localizado na rua Francisco Passos, na parte antiga da cidade. «A janela de tipologia manuelina da antiga rua Direita, situada no centro histórico da Guarda, em pleno recinto muralhado da cidade e junto do adro da igreja de São Vicente, destaca-se na fachada de granito de um edifício austero, talvez o Paço Episcopal medieval que foi palco do assassinato do Bispo D. Álvaro de Chaves, lançado de uma janela pelo seu criado», refere a portaria. Segundo o documento, ainda que aquela associação «não esteja comprovada, a janela quinhentista mantém-se no imaginário local como referência irresistível ao célebre episódio». A sua construção «terá decorrido em paralelo à última fase das obras da terceira Sé da Guarda, concluída em meados do século XVI», refere a portaria, assinalando que «a elegante composição renascentista da janela, com elementos de gosto florentino, possui semelhanças com a molduração do pórtico da Capela dos Pinas na referida Sé, datada do reinado de D. João III». Para a classificação, a Secretaria de Estado da Cultura teve em conta o interesse da janela manuelina como «testemunho de vivências ou factos históricos», bem como o seu «valor estético, técnico e material intrínseco e à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística». Segundo Elsa Fernandes, a classificação representa o fim «de um processo longo, já que este monumento se encontrava em vias de classificação há décadas e é com sentido de responsabilidade que, agora, assistimos a esta decisão e conclusão». «Em termos culturais e turísticos, a Câmara Municipal da Guarda sempre referenciou este monumento como de elevado interesse, tendo desde sempre feito parte dos roteiros patrimoniais da cidade», acrescentou. O «grande desafio» imposto com a classificação da janela manuelina «é a garantia de proteção e valorização» do monumento, disse. «Deveremos ter todos a consciência que passou a ser da responsabilidade de todos zelar por este monumento, a par com outros monumentos classificados da Guarda, e perpetuá-los nas melhores condições para o futuro», concluiu.

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