O representante do movimento, José Baptista, afirmou em declarações à agência Lusa que a aplicação a todo o setor (caça turística, reservas associativas ou municipais) de dois dias de caça mais feriados devia alargar-se a todo o território nacional.
“A caça menor está quase extinta. Com a doença hemorrágica dos coelhos, estes já são raros, tal como as lebres e as perdizes, que estão quase em extinção”.
Por outro lado, os “500 mil hectares ardidos” nos incêndios deste verão “já não são ‘habitat’ para aves migratórias”, que se concentram em outras zonas onde ainda existe água, para beber à beira de charcas onde “são dizimadas”, alertou.
“Repudiamos esta decisão. Nós queremos que haja mais caça no futuro”, declarou.
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, disse na terça-feira à agência Lusa que a caça vai ser reduzida ou interditada nas zonas afetadas pelos incêndios.
As medidas incluem a interdição absoluta da caça em todo o perímetro de grandes incêndios, acima de mil hectares, e da caça sedentária nos concelhos onde arderam mais de 50% da área.
Já nos distritos mais afetados, é reduzido o número de dias de caça às espécies migratórios de três para dois. Destes dias, um será domingo, o outro as associações escolhem, adiantou o secretário de Estado.
Caça proibida ou limitada nas zonas afetadas pelos incêndios
A caça vai ser interditada ou reduzida nas zonas afetadas pelos incêndios, afirmou hoje o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural à agência Lusa, depois de se reunir com associações de caçadores.
“Tivemos hoje [31 de outubro] a oportunidade de discutir, com as organizações do setor da caça, aquilo que consideramos mais importante nesta altura para a interdição da caça nas zonas ardidas”, disse Miguel Freitas.
As medidas incluem a interdição absoluta da caça em todo o perímetro de grandes incêndios, acima de mil hectares, e da caça sedentária nos concelhos onde arderam mais de 50% da área.
Já nos distritos mais afetados, é reduzido o número de dias de caça às espécies migratórios de três para dois. Destes dias, um será domingo, o outro as associações escolhem, adiantou o secretário de Estado
Miguel Freitas acrescentou que o Governo também decidiu “estimular as associações de caçadores” para tomarem uma posição de autogestão.
“Algumas associações já nos comunicaram que tomaram a decisão de não caçar. Nestes casos, vamos isentá-las do pagamento de taxas ao ICNF” (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), revelou.