É inquestionável a importância do talento para o desenvolvimento dos países e das suas regiões. O mesmo se passa em Portugal, e em particular, no seu interior profundo.
A proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) entregue dia 13-4-2022 ao Parlamento, apresenta algumas (poucas) novidades provocadas pelas tensões geopolíticas decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia e do aumento da inflação muito por via do preço dos combustíveis e de diversos bens primários. Isto face à proposta de OE22 chumbada pela AR em outubro de 2021 e que desencadeou o processo eleitoral. Mas vale sempre a pena meditar nas alterações e saber com que linhas nos cosemos.
Os preços medianos (Me) mais baixos para comprar casa situam-se, sobretudo, no interior do país, com três concelhos a pertencerem ao distrito da Guarda (C), outros três ao de Bragança (N), um ao de Castelo Branco (C) e ainda um município em Viseu (C) e outro em Vila Real (N).
É habitual por esta altura ‘do campeonato’ apresentar-se oficialmente e discutir democrática e publicamente na Assembleia da República, na imprensa e nas redes sociais a questão do Orçamento Geral de Estado (OGE2022).
Por todo o lado debate-se a questão energética para fazer face ao aquecimento global do planeta promover o desenvolvimento sustentável com uma economia C02 nula. Mas pelo interior o assunto anda meio esquecido se tivermos em atenção que alguns projetos de que se têm falado pouca expressão têm, salvo os eólicos que saudavelmente se espalharam pelas montanhas circundantes. Urge que a região não perca também este comboio do desenvolvimento energético e sustentável…
Neste ano que levamos de pandemia em Portugal esta provocou já grandes estragos no tecido empresarial português e no dos distritos do interior beirão, como a Guarda, Castelo Branco e Viseu.
Em 2019, o Produto Interno Bruto per capita (IPCpc), em Paridades de Poder de Compra (PPC), situou-se em 79,2% da média da União Europeia, mantendo o 16º lugar, segundo os dados divulgados esta semana pelo INE. Se em vez do IPCpc usarmos o Despesa de Consumo Individual per capita (DCIpc) em PPC a situação portuguesa melhora para 82.9% da média da UE e subimos para o 13º lugar deste ranking. E as nossas regiões e municípios como ficam se fizermos o mesmo tipo de análise, i.é, em PPC com a média da UE? Os dados mostram que todos ficamos mal na fotografia, mas que a Guarda, C. Branco e Covilhã são as mais fotogénicas da BI…
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