A sensualidade agradável do contraste. A relevância da dialética. Sombras ondulantes. Textos que não somos capazes de avaliar. A hipocrisia da nossa própria dissertação. Sinais e manifestações de censura. A inércia por telepatia. Os golpes expectáveis e lancinantes. A fragilidade do que somos. Desenraizar máscaras e máscaras. Punhais a farolizar os sorrisos. Observar o relógio e contemplar a inutilidade das horas. A desgraça do acaso. Simular a crença e mentir com mais pujança. Paladares de parca cidadania. A vulnerabilidade do aço. Silêncio intranquilo. Os braços que não abraçam. A indigência das massas. A melancolia do futuro nas ruas da cidade. A humildade arrogante. A firmeza dos incrédulos. O barulho do silêncio. Lábios amargos. Condenações retóricas. Rugas salientes e palavras presas. Contraditórias contradições. A escala por mensurar. O pensamento justo do condenado. Metafísica barata. Conjunturas alinhadas que desalinham tantas vidas. Os aplausos no despovoado. As tempestades que convidam as embarcações. Os anteparos ousados e ilegítimos dos acometimentos. As correspondências invisíveis. Labirintos permanentes. A escuridão dos caminhos fáceis. Mãos que vagueiam sem mapa. A imaginação que se estrangula. Imagens que perderam a essência. A rígida variação. As máscaras da sinceridade. A conspiração que ambiciona não ser traída. Os livros nas prateleiras. Fragmentos de madeira a flutuar. Aprender no limite. A ilusão de subjugar o tempo. Discutir com o destino. As escarpas agrestes. A instigação que o medo não edifica. A desilusão da quimera. O desfile dos trajes modestos. Náufragos que inundam o mar. As lições de vida e a procura de mais disponibilidade. Olhares desabitados e a tristeza da celebração. O talento que justifica a rejeição. Um cântico distante e cinzento. Incriminar os inocentes. A brutalidade e a incompreensão promulgam leis. Suspeitas negociadas por decreto. A equidade vive encarcerada. A usurpação passou a ser um direito. Simulacros execráveis. Atravessar noites e dias na tempestade. Disparos de impunidade. A arte separada do autor. A capacidade de superação em debandada. As algemas dos espaços. O descrédito do argumento credível. As balas cortam a bastidão do ar. Olhares ternos pintados em tons de descrença. Anoitece ao amanhecer. A contradição cómica das coincidências. Águas de sombras duradouras A substância mítica das coisas. Palavras meigas esboçam as canções roucas. Tempos vagarosos e esperança rarefeita. Encontrar a estrada em confusão. O feitiço mórbido dos que não sonham. Romances de corsários. Narizes prepotentes. Os passos certos em contramão e o tropeçar no absoluto. A exclusão de comentários críticos. Viver infelizes com permissão. A aflição no âmago da existência. Reuniões decisivas que nunca aconteceram. Dar o que nunca damos. A geometria aveludada das curvas apertadas. Navios no fundo do mar. A brisa que arranca a flor de um vaso vazio. Prémios subterrâneos. Árvores com poucas folhas. A morosidade teatral no apeadeiro. O riso que derrama o pranto.
Distraídos
O pensamento justo do condenado. Metafísica barata.