Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, afirma que “não podemos perder mais tempo” pois Portugal é já o melhor destino turístico do mundo mas ainda não é um destino de enoturismo reconhecido internacionalmente.
Luís Araújo começou por recordar que um dos eixos da Estratégia para o Turismo, definida em 2017, para o período entre 2020-2027, é a gastronomia e os vinhos, e afirmou que o enoturismo “ajuda a desconcentrar”, visto que existe vinho em todo o território nacional e ao longo de todo o ano, e é por isso que foram já investidos mais de 60 milhões de euros em projetos nesta área.
Em seguida, explicou que este plano de ação surge na sequência de um questionário online, feito aos profissionais de enoturismo, que identificou pontos fortes e fracos do setor e o seu potencial futuro. Delineado o programa, daqui a dois meses surgirá a plataforma digital “Portuguese Wine Tourism” que reúne toda a informação disponível sobre o enoturismo em Portugal.
Será ainda criado o Enotur, um Programa de Formação em Enoturismo, e mantém-se a aposta em eventos relacionados com o vinho, como o Wine Summit e o Congresso Mundial de Enoturismo, promovido pela Organização Mundial de Turismo (OMT), que decorrerá em Reguengos de Monsaraz em 2020.
Objetivos e metas
Os objetivos estratégicos do Plano passam por fazer de Portugal um destino de enoturismo sustentável, valorizar as rotas e os destinos vinhateiros do país, acrescentar valor nas exportações dos vinhos, qualificar a oferta de produtos e serviços e capacitar os agentes do setor.
Metas a alcançar até 2021 são:
- mais de 1600 pessoas abrangidas com formação específica em enoturismo
- mais de 500 empresas reconhecidas e promovidas na plataforma Portuguese Wine Tourism
- mais de 90% de turistas que visitam unidades de enoturismo a avaliar positivamente a sua experiência
- 1o.ooo notícias publicadas na imprensa internacional
- 50 iniciativas de promoção do enoturismo em feiras e eventos internacionais.