“Para os próximos dias vamos continuar com uma situação de tempo seco. Infelizmente vamos ter céu pouco nublado ou limpo e as temperaturas máximas vão estar acima dos valores normais para esta altura do ano”, disse a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com Maria João Frada, para hoje prevê-se uma subida dos valores da temperatura máxima no continente e na terça-feira sobem as mínimas e máximas na ordem dos 02 a 04 graus Celsius.
“Vamos chegar a meio da semana com temperaturas máximas de 22/23 e 26 graus na generalidade do território e no interior do Alentejo e região do Vale do Tejo, em particular Santarém com 27 a 29 graus”, indicou.
No que diz respeito às mínimas, Maria João Frada explicou que deverão ser baixas, a variar entre os 09 e os 13/14 graus no litoral e interior do Alentejo e no interior Norte e Centro, em particular o nordeste transmontano entre os 04 e os 07 graus.
“A grande diferença em relativamente à quinzena passada e ao mês de setembro é que vai haver uma discrepância grande entre as mínimas baixas e as máximas elevadas com valores acima da época”, destacou.
A meteorologista do IPMA disse ainda que este “cenário deverá manter-se pelo menos até final da semana, sem que haja qualquer antevisão da ocorrência de precipitação”.
Por causa da previsão de tempo seco e subida de temperatura, o IPMA alertou para o aumento do risco de incêndio pelo menos até quarta-feira.
O aumento do risco de incêndio levou o Ministério da Administração Interna a anunciar que o dispositivo de combate aos incêndios foi reforçado com mais 17 meios aéreos, até final de outubro, por causa do risco de fogo florestal.
Em comunicado divulgado domingo à noite, o MAI explicou que o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, autorizou o reforço do dispositivo aéreo de combate aos incêndios com 17 meios aéreos: 13 helicópteros ligeiros e quatro aviões médios anfíbios.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.