Como chegar De Coimbra, Porto, Aveiro e Viseu chega-se pela A25 e nos comboios da linha internacional da Beira Alta, via Guarda. Ou ainda com saída da A25 em Viseu ou Mangualde via Seia e Gouveia, para atravessar a serra pelas Penhas Douradas na EN232. A nova auto estrada da Beira Interior, A23, é o […]

Circuito 6 – A Mãe d'água da Estrela e a Cova da Beira

Como chegar

De Coimbra, Porto, Aveiro e Viseu chega-se pela A25 e nos comboios da linha internacional da Beira Alta, via Guarda. Ou ainda com saída da A25 em Viseu ou Mangualde via Seia e Gouveia, para atravessar a serra pelas Penhas Douradas na EN232. A nova auto estrada da Beira Interior, A23, é o principal acesso para quem vem da Cova da Beira, pela Covilhã e chega do sul e de Lisboa. Ou ainda a velha linha férrea da Beira Baixa, a estação de Belmonte.

Os grandes quadros paisagísticos

A Cordilheira Central que separa as duas Castelas penetra em Portugal por este território, pela Serra das Mesas (1.256 m) e a de S. Cornélio ou da Malcata (1.072 m).

Ao seu lado o vulto da Estrela sobe abruptamente (mais de 1.000 m), por gargantas glaciares. A sul, eleva-se outra montanha granítica, a Gardunha. Entre elas, jaz a Cova da Beira.

A tectónica gerou, do interior da terra, uma grande falha, profunda e extensa que, desde Puebla de Sanábria a Bragança e aos férteis vales da Vilariça e da Veiga de Longroiva, atinge Manteigas e Unhais da Serra e nelas fez brotar nascentes sulfurosas.

Percurso recomendado

Belmonte (N232) – Valhelhas (N232) – Manteigas (N232) – Vale Glaciar (N338) – Manteigas (N232) – Penhas Douradas (N232) – Covão da Ponte (EM) – Manteigas (N232).

O património de Belmonte

No Alto Côa, os castelos de Alfaiates, Sabugal, Sortelha, Vila do Touro, Vilar Maior e Belmonte constituíam, na Idade Média, o sistema defensivo que cobria a muralha natural da Serra da Estrela e se apoiava no fosso profundo do rio Zêzere. A vila de Belmonte teve foral em 1199, renovado por D. Manuel em 1510 e está situada no Monte da Esperança (antigos Montes Crestados), um morro rochoso de várias cristas e vastas panorâmicas que os geomorfólogos denominam Inselberg, palavra alemã que significa monte-ilha.

Circuito urbano de Turismo Cultural

Castelo de Belmonte. (LAC)

Castelo de Belmonte. (LAC)

Num dos cabeços se ergue o castelo de Belmonte, uma construção militar dos século XII/XIII. Hoje possui um anfiteatro ao ar livre, o posto de turismo e uma loja do IGESPAR. Enquadra a igreja de S. Tiago, templo românico do século XII, que recebeu no século XV o Panteão dos Cabrais, restaurado no século XVII, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil. No interior, belíssimos frescos quinhentistas e seiscentistas enriquecem o seu património único. Localiza-se junto ao castelo e é o segundo dos pólos do Circuito de Turismo Cultural que possui um bilhete comum aos diversos museus e monumentos e pode beneficiar de guias especializados ao longo de todo o percurso. No mesmo largo, onde se celebra ainda a tradição da fogueira de Natal, encontra- se a capela de Sto. António, século XV, e a do Calvário século XIX. Logo abaixo fica o largo com o pelourinho medieval, por onde se ascende ao magnífico Museu Judaico.

Menorah exposto no Museu Judaico. (PM)

Menorah exposto no Museu Judaico. (PM)

Continuamos a descer em direção ao vale de onde se avistam os contrafortes da Estrela e a vastidão da planície da Cova da Beira, para encontrar o Solar dos Cabrais, construído no século XVIII e que irá receber o novo espaço museológico, DMN – À Descoberta do Novo Mundo, Centro Interpretativo dos Descobrimentos. No edifício que foi a Tulha dos Cabrais, também do século XVIII, destinado ao armazenamento das rendas da família, está instalado o Ecomuseu do Zêzere, com diversos módulos que seguem o percurso do rio. Segue-se o Lagar do Azeite, musealizado, com loja de produtos regionais. É altura de subir de novo para visitar na igreja matriz, construção contemporânea dos anos 40, a imagem de Nª Srª da Esperança que a tradição afirma ter acompanhado a viagem de Cabral ao Brasil e data do século XIV. De volta ao castelo, caminha-se para as ruas estreitas do bairro judeu, para visitar a nova Sinagoga de Belmonte, inaugurada em 1997. A comunidade judaica remonta ao século XIII, vivendo na época numa judiaria localizada no actual bairro de Marrocos, de cujo antigo templo resta uma inscrição de 1296. Num outro cabeço foi construído o Convento da Esperança, hoje reabilitado como Pousada, num trabalho notável de renovação arquitetónica e enquadramento paisagístico, permitindo lançar múltiplas panorâmicas para a Cova da Beira e o Vale do Zêzere, enquadrados pelos cumes e contrafortes da Serra da Estrela.

Cova da Beira vista do Mosteiro de Nªa Srª da Esperança. Pousada de Belmonte. Inverno. (LAC)

Cova da Beira vista do Mosteiro de Nªa Srª da Esperança.
Pousada de Belmonte. Inverno. (LAC)

O Circuito de Turismo de Natureza e em Espaço Rural

Oferece este Circuito os grandes quadros paisagísticos da Bacia do Zêzere, o património romano da Torre de Centum Cellas, igrejas e ermidas, vales pastoris, pontes, solares e minas antigas. Concluído o passeio pedonal ao longo do centro histórico da vila de Belmonte, a visita ao Ecomuseu do Zêzere prepara a descoberta da paisagem.

Centum Cellas. Verão. (LAC)

Centum Cellas. Verão. (LAC)

Saindo de Belmonte pela EN345, em direção à Guarda, desça até ao cruzamento com a EN18, local chamado de Ginjal e vire à direita para norte, seguindo a estrada ao longo da Ribeira de Gaia, afluente do Zêzere.

Cerca de 1 km adiante, vire à direita para Colmeal da Torre, onde à entrada da povoação se situa a estação arqueológica romana de Centum Cellas, antiga villa romana do século I d.C., ligada à exploração agrícola e mineira da região, de arquitetura invulgar, relembrando as construções maias e aztecas de outro continente, que recebia os antigos viajantes no percurso de Mérida para a Estrela. Do Colmeal siga pelo ramal que indica a A23 em direção a Maçaínhas, onde avulta a igreja matriz e a capela do Espírito Santo, com os seus frescos, através de uma paisagem agricultada em mosaico. De Maçaínhas tome a direção das Olas, antiga aldeia medieval. A partir da Quinta Cimeira acompanhe o belíssimo e luminoso Vale da Ribeira das Olas pela estrada municipal, atravessando lameiros e pequenos bosquetes de amieiros, freixos e carvalhos, onde cantam toda a espécie de pássaros, rebanhos silenciosos, antigos casais e cerros graníticos, dos quais se destaca a Penha da Águia, no sopé da linha do caminho de ferro. Das Olas, a estrada vira à esquerda para Bendada ao encontro da ermida de Nª Srª da Estrela, em cujas imediações já foram identificadas importantes vestígios de estações arqueológicas romanas. De Bendada chega-se rapidamente à aldeia histórica de Sortelha, já integrada na grande Rota do Vale do Côa e Além Douro e no Circuito de Sabugal-Castelo Bom-Almeida. De volta a Belmonte, pela EN 18-3, as encostas azuladas da Estrela e o verde da Cova da Beira enquadram o caminho para Caria. No cimo da vila situa-se a Casa da Torre, antiga residência de Verão dos Bispos da Guarda (1322). Logo ao lado visite a Casa da Roda, a igreja matriz da Imaculada Conceição, barroca, dos inícios do século XVIII, com um notável altar e trono de talha dourada, finamente elaborada, e teto de caixotões com trinta e dois retábulos pintados. De regresso a Belmonte tomamos a direção de Valhelas e Manteigas, em direção ao monumental vale glaciário do Zêzere e às suas paisagens de montanha.

Seara de centeio no Vale das Olas. Primavera. (LAC)

Seara de centeio no Vale das Olas. Primavera. (LAC)

O património de Valhelhas e o Vale do Zêzere

Seguindo a estrada N232 a partir do Ginjal, ladeada de plátanos, freixos e choupos-negros, atravessamos os pomares e as lameiras da fértil várzea do Zêzere até Vale Formoso e Aldeia do Souto e à capela dedicada à Srª da Saúde, miradouro natural sobre a Cova da Beira e o casario de Belmonte. Regressando à EN232 e continuando Vale do Zêzere acima ao encontro da ponte filipina (km 80), um pouco abaixo da confluência do Zêzere com a Ribeira de Famalicão, alcança-se Valhelhas. Merece uma paragem para admirar o pelourinho, quinhentista, o chafariz velho e a sua igreja, que remonta ao século XII (inscrição na porta N) e foi reconstruída no século XVII, onde se encontra uma ara romana servindo de floreira junto ao altar, com vestígios ainda dos seus frescos. Não se deve também perder a oportunidade de visitar os jardins hortícolas e o parque de campismo. Logo após Vale de Amoreira, com o seu açude ensombrado e cristalino, a ponte sobre o Zêzere conduz a Verdelhos e ao Vale de Beijames, com ligação ao Teixoso e Covilhã.

Pelourinho de Valhelhas e Torre sineira da Igreja. (LAC)

Pelourinho de Valhelhas e Torre sineira da Igreja. (LAC)

Continuando para Manteigas, ainda antes de Sameiro, avistará na encosta pendente do cabeço da Azinheira (topónimo com origem no tipo de vegetação deste vale já com alguma influência mediterrânea), a Pista de Esqui Sintética da Relva da Reboleira topónimo de aprazível local à beira-rio, onde se instalou um parque de recreio e lazer com campismo, praia fluvial e parque aventura, além da referida pista. Logo após o que reconhecerá como ex-instalações fabris, pela presença destacada de uma velha chaminé, encontrará após o km 65,4 um tão raro quanto cuidado entroncamento, daqueles que é preciso cortar à direita para virar à esquerda. Efetue tal manobra e um pouco à frente atravesse o Zêzere na ponte dos Frades, para a estrada na margem direita que o leva às Caldas de Manteigas, e obter uma singular panorâmica da vila que se ergue encosta acima na margem esquerda.

O Património de Manteigas

Manteigas teve o seu primeiro foral em 1188, atribuído por D. Sancho I. Merecem visita as igrejas de Santa Maria, São Pedro e da Misericórdia, o solar da Casa das Obras hoje aproveitado para turismo de habitação.

A povoação aninha-se na montanha (700 m), com o casario branco sabiamente construído em terraços que seguem as curvas de nível, voltada para o vale glaciar do rio Zêzere.

Águas cristalinas e bravas permitiram a instalação de um viveiro de trutas, hoje renovado, dispondo de um centro de interpretação, parque de merendas e um posto de venda ao público das trutas produzidas na truticultura localizada a montante. Na margem direita existe a antiquíssima Fonte Santa, de água quente sulfurosa brotando à superfície, reveladora de existência no local de águas termais que permitiram a instalação de um Balneário, para onde foi canalizada a sua água e um Hotel Termal mais abaixo nas Caldas de Manteigas. No local encontra-se intalado num Canil que protege em especial a variedade de pelo curto do cão da Serra da Estrela.

As Caldas de Manteigas

Estância hidro-terápica de águas sulfuro-sódicas, indicadas para os reumatismos, dermatoses e vias respiratórias.

O rio corre rápido e cristalino num anfiteatro natural, sobre um leito de granito, rodeado de lameiros, onde nasce o milho, cresce o pasto e se alimentam os rebanhos de ovelhas bordaleiras. No verão, o verde das lameiras cobre-se de pequenas orquídeas selvagens de grande beleza como a Dactylorhiza caramulensis.

O vale glaciário do Zêzere e o Covão da Ametade

Cântaro Raso e Gordo. Crista do Espinhaço de Cão, vale suspenso da Candeeira e moreia lateral do glaciar do Vale do Zêzere. Primavera. (LAC)

Cântaro Raso e Gordo. Crista do Espinhaço de Cão, vale suspenso da Candeeira e moreia lateral do glaciar do Vale do Zêzere. Primavera. (LAC)

A partir da Casa da Roda (cujo nome deriva de uma enorme roda hidráulica de madeira ainda instalada que “tocava” toda uma instalação fabril), junto à ponte das Caldas sobre o Zêzere, a estrada N338 sobe pelo vale glaciário do Zêzere e permite, com algumas paragens, interpretar e compreender toda a beleza e complexidade da geomorfologia glaciária: vales suspensos, moreias e covões enquadram o panorama. Nos lameiros do fundo do vale passam rebanhos e pastores bíblicos e são visíveis as “cortes” ainda cobertas de colmo e piorno que os abrigam.

Fonte de Paulo Martins. (JC)

Fonte de Paulo Martins. (JC)

A Fonte Paulo Luís Martins revela-nos um mundo desconhecido de plantas aquáticas e minúsculos seres vivos. Logo depois, numa curva à esquerda, surge um pequeno bosquete de vidoeiros (bétulas), de um lado e outro da linha de água, graças aos quais foram preservados do trágico incêndio de 2005, um conjunto notável de teixos, Taxus baccata, alguns centenários. A chegada ao Covão da Ametade é o encontro com um pequeno paraíso terrestre: o enquadramento é monumental, sobre o covão glaciário erguem-se os Cântaros Gordo, Magro e Raso; entre um bosque denso de vidoeiros/bétulas correm os regatos que vão gerar o rio. Cobrindo os rochedos um musgo cor de púrpura (Bryum alpinum) anunciam os jardins miniatura, onde a micro-fauna e micro-flora da Serra revela a sua formidável biodiversidade, com as coroas amarelas dos narcisos, com muitas plantinhas endémicas raras e um manto alourado de Holcus gayanus, que parece uma pequena erva molar. O chão é macio e fresco, coberto de cervunais. O sítio funciona como um local de apoio ao campismo de curta duração.

Mais acima fica-nos a Nave de Santo António, mas o nosso Circuito pára, por agora, nos miradouros sobre o Vale do Zêzere, criado pela língua glaciária da glaciação urmiana, com um perfil em “U” perfeito que pode ser melhor observado através de um curioso exercício: volte costas ao vale e espreite por debaixo do arco das suas próprias pernas!

Vale Glaciário do Zêzere. (PM)

Vale Glaciário do Zêzere. (PM)

Bosque de bétulas. Outono em redor da Nave de Sto. António. (JC)

Bosque de bétulas. Outono em redor da Nave de Sto. António. (JC)

O Poço do Inferno

Regresse agora descendo o vale pela mesma estrada EN 338 e tome pouco antes do viveiro das trutas a estrada florestal para o Poço do Inferno, atravessando a encosta da Mata dos Carvalhais.

Cascata do Poço do Inferno. Inverno. (AF)

Cascata do Poço do Inferno. Inverno. (AF)

A queda de água do Poço do Inferno na Ribeira de Leandres, permite-nos reconhecer a zona de contacto entre o granito e o xisto. Uma rocha negra, a corneana, revela-nos a extraordinária metamorfose do xisto sob o calor abrasador do magma que transformou os próprios cristais da rocha inicial. A água é verde-esmeralda e a diversidade atinge o esplendor ao longo de todo o percurso. Nas encostas do Vale do Zêzere, de S. Lourenço e Souto do Concelho, bem visíveis a partir dos miradouros, como o de Carvalhais, observam-se as cascalheiras de crioclastia (rochas desagregadas pelo gelo) de rochas corneanas, manchas de carvalhos e castanheiros renovam a biodiversidade e enchem de matizes o horizonte: tons suaves de castanho no inverno, verde na primavera, com flores brancas no verão, castanhos, amarelos e laranjas misturados na folhagem de outono, quando os ouriços se abrem. A cerejeirabrava, de flores rosadas e o esguio Pinheiro-laricio, Larix decidua, completam o quadro paisagístico.

Penhas Douradas, Vale do Rossim, Covão da Ponte e Vale do Mondego

Covão da Ponte - centeio. Primavera. (JC)

Covão da Ponte – centeio. Primavera. (JC)

Regresse a Manteigas e se confiar na sua condução e no seu sentido de orientação, pode fazê-lo sem ter de regressar pelo mesmo caminho até às Caldas, seguindo em frente depois do Poço do Inferno pelo único caminho florestal asfaltado, embora muito estreito, dos vários que se lhe oferecem. Uma vez já na vila, aproveite para visitar o património acima descrito antes de iniciar a subida para as Penhas Douradas. Aconselhase um atalho pela Rua Dr. Afonso Costa que passa junto ao campo de futebol, pela estrada florestal de S. Sebastião cuja capela e parque de merendas anexo irá passar antes de chegar à EN232, na Curva Bonita que além de o ser tem vista panorâmica de Manteigas e do vale do Zêzere. Depois da fonte, na cumeada da encosta da esquerda, situa-se o Observatório Meteorológico das Penhas Douradas (1882).

Continue pela EN232 até à Pousada de S. Lourenço (1.285 m), com um notável miradouro e daí para as Penhas Douradas, estância de férias de montanha agora dotada de novas unidades de Turismo de Natureza de altíssima qualidade.

À beira da estrada surgem as primeiras caldoneiras, Echinospartum ibericum subsp. ibericum, espécie protegida e abrigo faunístico, de arbustos espinhosos com a forma de uma almofada que lembram um gigantesco ouriço-cacheiro agarrado aos rochedos boleados.

Casas de grande valor arquitetónico e histórico aproveitam o encosto das fragas e exibem telhados de grande inclinação e de cores vivas, foram outrora os primeiros sanatórios, antes da descoberta dos antibióticos. Aqui a neve é rainha e os animais selvagens encontram o seu santuário. Chega-se por estrada asfaltada à Barragem do Vale do Rossim e ao panorama das Penhas que são Douradas ao sol poente. Junto ao paredão da barragem existe um restaurante e um recente parque de campismo. Mais adiante, acessível por percurso pedonal ou de TT, ficam as pastagens do Vale do Conde e a barragem do Lagoacho. Lá no alto, avista-se a Torre, a esta distância coroada por duas cúpulas amarelas que parecem pertencer a uma catedral do Oriente: no percurso entre as Penhas e a Torre demarcam-se dois mundos da Estrela, limitados pelos fenómenos da periglaciação e pelo rasto dos glaciares.

Desce-se de novo pela N232 em direção a Manteigas e ao km 58 toma-se a EM para o Covão da Ponte. Se dispuser de viatura todo o terreno pode junto à Pousada de S. Lourenço atalhar pelo caminho de terra batida que atravessa o Campo Romão e depois de descer até à Cruz das Jogadas (cruzamento no velho caminho de Manteigas/Covão da Ponte/Folgosinho) virar à esquerda e aí já por EM asfaltada descer o Vale Direito até ao Covão da Ponte.

Caminha-se por entre casais, rebanhos e campos de centeio, ao encontro do Mondego. Do Covão da Ponte, sobe-se ao longo das encostas suaves e onduladas de giestais, Cytisus, spp., Genista, spp., rosmaninhais, Lavandula spp., urzais, Calluna vulgaris, Erica, tojais, Ulex, spp., tomilhais, Thymus, spp., até chegar à capela de Nª Srª do Carmo e aos meandros rápidos do Vale do Mondego.(ver comentário)

No regresso, volte à Cruz das Jogadas, lugar de encontro com a paisagem de xisto. Da Cruz das Jogadas pode seguir-se com viatura TT para a Mata de S. Lourenço e apreciar carvalhos com cerca de 400 anos e para o vale da Ribeira de Pandil, cascata de socalcos e lameiros que desce até ao vale do Zêzere quase até Sameiro. Sem viatura TT não arrisque este troço (não passa mesmo) e regresse a Manteigas pela EM que o trouxe à Cruz das Jogadas.

Covão da Ponte

Desce-se de novo pela N232 em direção a Manteigas e ao km 58 toma-se a EM para o Covão da Ponte. Se dispuser de viatura todo o terreno pode junto à Pousada de S. Lourenço atalhar pelo caminho de terra batida que atravessa o Campo Romão e depois de descer até à Cruz das Jogadas (cruzamento no velho caminho de Manteigas/Covão da Ponte/Folgosinho) virar à esquerda e aí já por EM asfaltada descer o Vale Direito até ao Covão da Ponte.

Comentário geológico: 69. Covão da Ponte. Litologias de Xisto e Grauvaque: Alternância de xistos e grauvaques, nos metassedimentos da denominada Formação do Rosmarinhal, ocorre no talude junto da ponte sobre o rio Mondego e a Casa Abrigo do Parque.

Caminha-se por entre casais, rebanhos e campos de centeio, ao encontro do Mondego. Do Covão da Ponte, sobe-se ao longo das encostas suaves e onduladas de giestais, Cytisus, spp., Genista, spp., rosmaninhais, Lavandula spp., urzais, Calluna vulgaris, Erica, tojais, Ulex, spp., tomilhais, Thymus, spp., até chegar à capela de Nª Srª do Carmo e aos meandros rápidos do Vale do Mondego.(ver comentário)

No regresso, volte à Cruz das Jogadas, lugar de encontro com a paisagem de xisto. Da Cruz das Jogadas pode seguir-se com viatura TT para a Mata de S. Lourenço e apreciar carvalhos com cerca de 400 anos e para o vale da Ribeira de Pandil, cascata de socalcos e lameiros que desce até ao vale do Zêzere quase até Sameiro. Sem viatura TT não arrisque este troço (não passa mesmo) e regresse a Manteigas pela EM que o trouxe à Cruz das Jogadas.