O que ver e como desfrutar de todo o património

A serra e a sua envolvência paisagística convidam a desfrutá-la a partir dos grandes miradouros naturais e dos cumes das montanhas e planaltos. Pode ser visitada segundo percursos temáticos – por exemplo, descobrindo os locais de interesse geológico (mais de 70), ou percorrendo as suas linhas defensivas de castelos e muralhas, visitando igrejas, capelas e ermidas… A pé, na rede de percursos pedestres. A partir da sua rede de museus e centros de interpretação. Em épocas diferentes do ano, seguindo a diversidade dos ciclos de trabalho e da natureza. Ou, como sugerimos neste Roteiro, seguindo as principais estradas que envolvem e atravessam a Serra, em Circuitos inter-concelhios organizados em conformidade com a diversidade do património e da paisagem e de acordo com os apoios existente às atividades turísticas, todos eles de duração não superior a uma jornada (possíveis a partir de uma única dormida na região). Ao longo destes Circuitos encontram-se as denominadas paisagens culturais que descrevemos em texto autónomo. Daqui parte-se, igualmente no espaço de uma jornada, para as outras grandes Rotas adjacentes à Serra da Estrela.

As paisagens naturais, o turismo e as paisagens culturais e o ecoturismo são valores patrimoniais e produtos turísticos que destacamos..

Vistas panorâmicas:

Ascensão ao Colcorinho – Oliveira do Hospital/Arganil (1.300 m) – A partir da Ponte das Três Entradas, N 230, sobre o Rio Alva, acima de Avô, atravessa–se Aldeia das Dez e daí para o Vale de Maceira, para subir depois à capelinha branca da Senhora das Necessidades. O último troço deve ser feito de TT ou a pé: Vê-se Loriga e as encostas sul da Estrela, todo o território que vai até às Serras do Caramulo, Montemuro e Buçaco, a oeste, mas também a Serra do Açor e os vales profundos do Piódão, aldeia histórica e Pomares.

Rio Alva

Rio Alva

Em Seia – Terreiro da Igreja Matriz (532 m) – Chegada pela N 17, a Estrada da Beira. Ampla vista sobre o curso médio do Vale do Mondego e as Terras medievais de Senhorim, hoje concelho de Nelas.

Em Gouveia – Terreiro da capela do Sr. do Calvário (600 m) – Ainda na N 17, Estrada da Beira. Para Norte, avista-se o Planalto da Nave, caminho de transumância para Montemuro e a Senhora da Lapa, já nas Terras do Demo. A Poente, as Serras da Gralheira, Caramulo e Buçaco.

Folgosinho – Gouveia (930 m) – De Gouveia se alcança, por Melo, Folgosinho, pela N 338-1. A norte e poente, larga panorâmica sobre as aldeias serranas do Vale do Mondego, de Algodres, mesmo em frente, até à encosta de Linhares, onde do seu castelo a vista se alonga por campos de centeio e soutos de castanheiros. No cimo da Serra, chega-se por escalada aos miradouros de S. Tiago (1490 m) e da Santinha (1.593 m).

Penhas Douradas_Fragão do Corvo (1.456 m) – Pela estrada N 232 que conduz às Penhas Douradas, toma-se a direção do vale do Rossim e por estrada florestal chega-se à casa de montanha de Afonso Costa. Depois é um pequeno percurso a pé até à cumeada que se abre para deixar ver o Vale do Zêzere e Manteigas, mas também as terras semeadas de centeio de Campo Romão (ou Romano) e, bem ao longe, o cume da Marofa a nordeste, a Serra das Mesas, a leste e a meseta castelhana, onde avulta a Serra da Gata. Panorâmica semelhante permite o miradoiro instalado junto da Pousada de S. Lourenço, situada nas cercanias.

Desde Seia, pela EN 231 chega-se ao Miradouro do Carvalhal (600 m) – A paisagem do magnífico vale de xisto de Loriga é grandiosa.

Senhora do Espinheiro (900-1000 m) – Partindo de Seia pela N 339 em direção à Torre, chega-se à capela e miradoiro da Senhora do Espinheiro. Vastíssima panorâmica para o largo Vale do Mondego, subindo suavemente para a Guarda, avistando o longíncuo Planalto da Nave, a norte e o Caramulo a noroeste.

Castelo de Celorico da Beira (600 m)/Castelo de Linhares da Beira – A partir da A 25 ou da N 17 chega-se a Celorico. Das muralhas avista-se a cume da Marofa e o alto do Porto da Carne, direção Guarda, o vale do Alto Mondego e as encostas de Estrela. Mais perto o Castelo de Trancoso, entrada do Parque Arqueológico do Vale do Côa.