PP/PR 21 – FRAGA DA PENA Enquadramento Geral – Percurso de media dificuldade, com saída do parque de estacionamento da Fraga da Pena, repouso e visita a Sobral Pichorro, com regresso pelo caminho romano que seguia para Queiriz. Acesso rodoviário ao local de partida – Desde Fornos ou Aguiar da Beira, pela EN330, que sinaliza […]

PP/PR 21 – FRAGA DA PENA

PR-LAC-07_2

Enquadramento Geral – Percurso de media dificuldade, com saída do parque de estacionamento da Fraga da Pena, repouso e visita a Sobral Pichorro, com regresso pelo caminho romano que seguia para Queiriz.

Acesso rodoviário ao local de partida – Desde Fornos ou Aguiar da Beira, pela EN330, que sinaliza em várias saídas o caminho para o Castro da Fraga da Pena.

Extensão aproximada – 9 km

Duração aproximada – 5 h

Grau de Dificuldade – Médio

Tipo de percurso – Circular

Apoios – Painel informativo no local de partida e balizamento com a marcação dos símbolos convencionais dos percursos pedestres.

Nota prévia – Se ainda não está habituado a caminhar, sugerimos- lhe que faça com a sua viatura a aproximação aos pontos de contacto com as vias rodoviárias e poderá escolher pequenos troços de caminhada que não duram mais de uma hora

Percurso – desfrute do magnífico panorama para o vale da Ribeira da Muxagata e para a encosta de Prados, na Serra da Estrela. A Fraga da Pena é um povoado da Idade do Bronze com imponente estrutura defensiva. No seu interior foram achados objectos de uso quotidiano (cerâmicas, machados de pedra, pontas de flecha) e de caráter religioso e adorno (pendente de colar e ídolo). É um tor, com grandes blocos graniticos solidamente enraizados que ofereceram às comunidades pré-históricas o primeiro chão e as primeiras paredes de rocha granítica. Procure o caminho pedonal que desce, serpenteado, o morro e chega à estrada asfaltada de ligação ente Queiriz e Sobral Pichorro. Na primavera, grandes grupos de andorinhões-pretos, Apus apus, anunciam a chegada às povoações. Por aqui se encontram frequentemente a perdizcomum, Alectoris rufa, o cartaxo-comum, Saxicola torquata e a lagartixa-ibérica, Podarcis hispanica.

Lagartixa Ibérica, Podarcis hispanica.  (JC)

Lagartixa Ibérica, Podarcis hispanica. (JC)

Logo após o cruzamento com a estrada que vem de Fornos de Algodres, encontra Sobral Pichorro. Entre na povoação guiado pela torre da Igreja matriz e visite a capela do Santo Cristo, onde são visíveis elementos visigóticos (século XII), decorando a janela da frontaria, que possui colunas renascentistas, mas também carrancas medievais, enquanto no interior grossas abóbadas góticas sustentam os tetos, podendo ser desta época o túmulo com singular estátua jacente. No altar está colocada uma bela coleção de esculturas arcaicas. Na parte mais alta de Sobral Pichorro, encontramos de novo a estrada romana, em duas direções opostas, Maceira e Carapito, e prosseguimos nesta direção por caminho bordejado pelos pinhais e campos cultivados. Neste percurso encontram-se, vestígios de azinhais, Quercus rotundifolia, um endemismo ibérico, e uma paisagem cultural que teima em resistir, com campos de centeio, lameiras e terras lavradas de pousio.

Crianças no percurso da Fraga da pena. (LAC)

Crianças no percurso da Fraga da pena. (LAC)

Plataforma de observação da paisagem dentro da Fraga da Pena. (LAC)

Plataforma de observação da paisagem dentro da Fraga da Pena. (LAC)

Estamos de volta à Fraga da Pena. Ao longo do percurso, as espigas de centeio, douradas pelo verão, alternam com prados floridos com o amarelo da tripa-de-ovelha, Andryala integrifolia, o azul do baton-azul, Jasione montana, o rosa violáceo da dedaleira, Digitalis purpurea, os tufos ondeando de erva-lanar, Holcus lanatus e da erva-molar, Holcus mollis e pequenos juncos, Juncus bufonius, Juncos capitatus, indicando o percurso da água no solo. Ao entardecer, o papa-figos, Oriolus oriolus, canta no bosque húmido, e ouve-se a codorniz, Coturnix coturnix e o noitibó-cinzento, Caprimulgus europaeus. É a hora em que o melro-azul, Monticola solitarius, se acolhe nos silvados e a sombra da coruja-do-mato, Strix aluco, passa sobre os caminheiros e de dentro do escuro rompe a piar o mocho-d’orelhas, Otus scopus. À luz da lua, começa a caçada do bufo-real, Bubo bubo.

Bufo-real, Bubo bubo. (JC)

Bufo-real, Bubo bubo. (JC)

Circuito de manutenção – PP/PR 21 B – TERMAS DA CAVACA

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Na encosta nascente das Termas das Caldas da Cavaca foi aberto um conjunto de caminhos pedonais numa extensão total aproximada de 1.500 m, de duração entre 30 min. e 1 hora.

No seu entorno plantaram-se folhosas e resinosas diversas – Chamaecyparis sp., cedros, Cupresssus sp., Liquidambar styraciflua, faias, Fagus sylvatica, bétulas, Betula sp., carvalhos americanos; o percurso segue as margens do espelho de água da presa e a sua cascata; em plataformas panorâmicas instalaram-se mesas e bancos, que funcionam também como merendeiros.

Um circuito de manutenção, com uma extensão total de cerca de 500m, inicia-se na margem da presa de água, a norte da parcela, sendo a chegada junto à capela; em cada exercício está colocado um painel indicativo com o tipo de atividade física a executar; estão marcados 13 “momentos”.

Todos os caminhos estão devidamente vedados para garantir a sua utilização segura.

O jardim dos balneários e as antigas construções e capela das termas, completam a visita.