O Museu da Guarda O seu espólio é constituído por coleções de arqueologia, numismática, escultura sacra dos séculos XIII a XVIII, pintura sacra dos séculos XVI a XVIII e armaria dos séculos XVII a XX. Mas também cerâmica, fotografia, etnografia regional, pintura e desenho, dos finais do século XIX e primeira metade do século XX. […]

O Museu da Guarda

O seu espólio é constituído por coleções de arqueologia, numismática, escultura sacra dos séculos XIII a XVIII, pintura sacra dos séculos XVI a XVIII e armaria dos séculos XVII a XX. Mas também cerâmica, fotografia, etnografia regional, pintura e desenho, dos finais do século XIX e primeira metade do século XX.

Conserva importantes vestígios pré-históricos (duas espadas da Idade do Bronze, uma fíbula anular hispânica do séculos V/VI a.C.), do período da romanização (a coleção de numismática romana e um torso Imperial Romano do século II), não apenas da região mas também do Vale do Côa. Merecem ainda destaque, na escultura, um granito policromado do século XIII, representando Nª Srª da Consolação, o altar da Anunciação século XVI e os espaldares de cadeiral dos séculos XVI e XVIII, a coleção de armas do século XVII ao XX; desenhos de Carlos Reis, António Carneiro, óleos de Columbano, Eduarda Lapa, Almeida e Silva e João Vaz, entre outros; as coleções etnográficas documentam as principais atividades económicas da região.

Museu da Guarda. (LAC)

Museu da Guarda. (LAC)

Contos e lendas: A Águia e a Truta. Dona Lopa, Santo António e o Diabo. Um rosário de estrelas iluminou a noite.

A memória dos cercos do castelo de Celorico (leoneses e castelhanos), no tempo da fundação da nacionalidade e das lutas entre os pretendentes ao trono de Portugal, permaneceram no brasão de Celorico da Beira, onde uma águia gigantesca paira sobre o castelo segurando entre as garras uma enorme truta. Corria o ano de 1245 e o rei D. Sancho II deposto pelo papa refugiara-se em Toledo. O seu irmão, D. Afonso, ordenado regente, sitiou o alcaide de Celorico, exigindo-lhe vassalagem. A fome já reinava dentro da praçaforte, eis quando uma águia-pesqueira, Pandion haliaetus, sobrevoa a fortaleza e acossada pelos sitiados, deixa cair a truta que pescara com as garras no vizinho rio Mondego. Logo o alcaide, Fernão Rodrigues Pacheco, giza um estratagema para desmoralizar o exército sitiante. Manda arranjar a truta com todos os primores e, usando o resto da farinha, fez cozer o melhor pão, enviando-os de presente a D. Afonso, acompanhados por uma carta: “Não culpeis a minha resistência para sustentar a voz de el-rei D. Sancho, vosso Irmão, que mercês recebidas, obrigações e homenagens me desculpam. Eu tenho determinado perseverar na defensão até expresso mandato seu; querendo insistir, podeis fazê-lo, pois a vila está guarnecida de bons cavaleiros, que tendes experimentado, e provida de mantimentos, como assegura este regalo: estimarei o aceiteis, atendendo ao pouco que vos pode oferecer um cercado”.

Reza a lenda que o mensageiro Gomes Vieira foi alcunhado por D. Afonso, o Peixão e daí evoluiu o nome para Peixoto e, no campo atual da Corredoura, ainda lá está, tendo à sua frente no horizonte a colina do castelo, o denominado barroco d’el rei, a marcar o lugar onde o futuro monarca assentou a sua tenda. Este perdoou ao alcaide a sua resistência em nome do valor ético da lealdade, atributo de ora em diante das gentes de Celorico.

Gárgula com monstro medieval. Sé da Guarda. (LAC)

Gárgula com monstro medieval. Sé da Guarda. (LAC)

Os Centros de Parapente de Linhares e Manteigas

Linhares da Beira (Celorico da Beira) possui uma escola de parapente localizada no Largo de S. Pedro.

O local de descolagem dos parapentistas situa-se a uma altitude de 1200 m desnível de 480 m – orientação da descolagem O (oeste).

Anualmente realiza-se em Linhares o Open de Parapente do INATEL, na 1ª ou 2ª semana de agosto, aberto a todos os parapentistas mas com regulamentação própria.

Parapente em Linhares. verão. (LAC)

Parapente em Linhares. verão. (LAC)