O Parque Natural da Serra da Estrela “Parque Natural é uma área que se caracteriza por conter paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional, sendo exemplo de integração harmoniosa da atividade humana e da natureza e que apresenta amostras de um bioma ou região natural.” O Decreto-Lei nº 557/76 de 16 de Julho, classificou […]

O Parque Natural da Serra da Estrela

“Parque Natural é uma área que se caracteriza por conter paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, de interesse nacional, sendo exemplo de integração harmoniosa da atividade humana e da natureza e que apresenta amostras de um bioma ou região natural.”

O Decreto-Lei nº 557/76 de 16 de Julho, classificou o maciço da estrela como Parque Natural, referindo tratar-se de “uma região de característica economia de montanha” onde subsistem “refúgios de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional”.

Pormenor da delegação do PNSE em Gouveia. (LAC)

Pormenor da delegação do PNSE em Gouveia. (LAC)

Estatutos de Conservação

Nacional:
Decreto Regulamentar nº 50/97, de 20 de Novembro: reclassifica a Área Protegida mantendo o estatuto anterior mas redefenindo os seus limites;

A Resolução do Conselho de Ministros nº 76/00, de 5 de Julho, cria o Sítio “Serra da Estrela” (proposto para Sítio de Importância Comunitária – SIC – Rede Natura 2000);

Internacional:
Rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da Europa: “Planalto Central da Serra da Estrela” (área atualmente integrada no Sítio “Serra da Estrela” – Rede Natura 2000). Sítio Ramsar (2006).

O Museu dos Lanifícios e a Rota da Lã

O Museu de Lanifícios, sedeado na Covilhã e inaugurado em instalações da Universidade da Beira Interior (Pólo I), junto da Ribeira da Degoldra, foi instituído a partir da intervenção de salvaguarda e restauro da área das Tinturarias da Real Fábrica de Panos, uma manufatura de Estado fundada em 1764 pelo Marquês de Pombal e que funcionou até 1885. Dedicado à fase da pré e proto industrialização dos lanifícios, este Núcleo apresenta estruturas arqueológicas e arquitetónicas preservadas in situ. O seu projeto de musealização procurou articular informações de natureza técnica (fabrico e tingimento dos panos de lã e construção de um espaço manufatureiro) e de natureza arqueológica e histórica. Possui outros núcleos na cidade, como a Real Fábrica Veiga (século XVIII) e as Râmolas de Sol, espaços de granito lageado, inclinados e destinados a secar as lãs em bruto, como os da Calçada de Santa Cruz.

O Museu de Lanifícios foi considerado pela UNESCO como o melhor museu têxtil da Europa e coordena a Rota da Lã. Este projeto, que parte do estudo articulado dos caminhos de pastorícia (transumância) e dos destinos dos produtos laneiros, “Rota da Lã – Translana”, abrange a Beira Interior (distritos de Castelo Branco e Guarda) e parte da Extremadura espanhola. O levantamento já realizado, coligido em três grandes volumes disponíveis no Museu de Lanifícios, inclui descrições, fotografias e identificação geográfica de 377 unidades fabris (126 das quais na Covilhã), de mais de cem caminhos da transumância e de cerca de 700 outros testemunhos patrimoniais (bebedouros, tanques, locais dedicados à pecuária, entre outros elementos), estendendo-se posteriormente até à Andaluzia e ao Porto.

O Museo Vostell, situado em Malpartida de Cáceres, perto da cidade classificada como Património da Humanidade, dispõe já de um centro de interpretação desta grande Rota que vai ser candidatada à categoria de Itinerário Cultural Europeu.

Máquina a vapor. Real Fábrica Veiga. (LAC)

Máquina a vapor. Real Fábrica Veiga. (LAC)