Ovos, farinha e açúcar aliados à tradição são os ingredientes que deliciam quem prova as cavacas gigantes de Pinhel.

Prestes a completar 74 anos de vida, Maria da Conceição Dias, mais conhecida por D. São, já dedicou cerca 40 a este doce conventual, cuja receita “herdou” da tia que foi criada por freiras. Trata-se da única doceira do concelho de Pinhel que confeciona as tradicionais cavacas com base numa receita ancestral que pertenceu às freiras clarissas que residiram naquela cidade.

Com a ajuda do seu marido, Francisco Dias, confecionam fornadas de 80 cavacas de cada vez, que demoram cerca de hora e meia até estarem prontas.

Depois de preparada a massa, que tem um “segredo” bem guardado pela família, a mesma é colocada em formas uniformes para serem levadas ao forno cerca de 38 minutos, onde ganham a forma de “pinha” que após arrefecidas são pinceladas por um glacé composto por claras pasteurizadas e açúcar em pó. Depois disso as cavacas tradicionais são colocadas numa estufa própria, para que a cobertura seque e fica pronta a comer.

Maria da Conceição Dias refere que “este é um doce de confiança, feito de forma artesanal e sem adição de fermento ou produtos químicos, que pode até ser consumido pelas crianças, e estas adoram”, garante a doceira.

Segundo a doceira, as pessoas que provam as suas cavacas “ficam fãs”. “Até aqueles que dizem que não apreciam cavacas, provam estas e ficam deliciados” afiança.

O Município de Pinhel tem sido um grande apoio e impulsionador da promoção deste doce conventual tradicional que eleva também o nome do concelho, tendo o mesmo sido candidato em 2019 às “7 Maravilhas Doces de Portugal”.

A Câmara Municipal de Pinhel, para além de comercializar as cavacas no Posto de Turismo, tem-nas promovido nos vários eventos nacionais e internacionais onde tem participado.

As cavacas podem ser compradas na unidade de produção, na zona industrial de Pinhel, no Posto de Turismo daquela cidade, ou ainda em feiras regionais.