Desde há muito reconhecida pela qualidade e particularidade dos seus vinhos, desta região fazem parte importantes quintas e adegas que produzem um néctar diferenciador.

Os vinhos são influenciados pela montanha, rodeados pelas serras da Estrela, Marofa e Malcata e pela altitude com variações entre os 400 e os 700 metros.

As vinhas contam com uma grande variedade de castas das quais se destacam nas brancas a Síria, Fonte Cal, Malvasia e Arinto e, nas Tintas, a Rufete, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Esta região produz também vinhos rosados e palhetes, bem como espumantes naturais de qualidade, contribuindo para tal a grande variedade de castas que têm permitido a descoberta constante de novos aromas e sabores.

O clima da região é muito agreste, com temperaturas negativas no inverno e verões muito quentes e secos. Desta combinação de factores resultam vinhos brancos de grande exuberância aromática e muita frescura e, nos tintos, vinhos com aromas complexos a frutos silvestres e especiarias, aliados a uma frescura marcante.

Vinhos Tintos

São vinhos produzidos a partir de castas autóctone, onde a grande maioria dos vinhos resulta de um lote de várias castas, com uma complexidade e riqueza ímpares, que lhes imprimem um perfil característico. Existem ainda bons exemplos de vinhos produzidos apenas com uma casta, principalmente a Rufete, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Quando novos são a ligação ideal para pratos de carne vermelha, como um bife de vaca ou carne assada com condimentos fortes, associando-se assim a alguns pratos da cozinha tradicional portuguesa como o cabrito assado ou a posta de vitela.
Quando envelhecidos são recomendados para acompanhar pratos de caça. Devem ser servidos entre os 16º e os 18 ºC.

Vinhos Brancos

Na região existem grandes vinhos brancos para serem descobertos.

Para consumir jovens, são os brancos de cor pálida, com refrescantes aromas a fruta (citrinos e outros frutos de árvore) e florais, na boca são equilibrados mostrando a sua juventude. São um bom acompanhamento de pratos de peixe, saladas, podendo ainda ser bebidos como aperitivos. Devem ser consumidos a uma temperatura entre os 8º e os 10 ºC.

Já os Brancos de Guarda apresentam boa intensidade aromática e boa complexidade e geralmente fermentam ou estagiam em madeira, apresentando nesses casos uma cor dourada e aromas tostados e de fruta tropical. No palato são cheios e persistentes. Acompanham bem pratos de peixe gordo como o salmão ou o bacalhau, podendo também ser servidos com frango ou coelho acompanhados de molhos suaves. A maioria destes vinhos ostenta a designação Reserva e Grande Reserva e devem ser servidos a uma temperatura que ronde os 12 ºC. Poderá guardá-los alguns anos até os consumir.

Vinhos Rosados

Acompanhando a tendência de consumo a nível mundial, a região tem visto nascer um número cada vez maior de vinhos rosados. Estes vinhos produzidos a partir de uma maceração ligeira de uvas tintas, apresentam uma bela cor rosada e exuberantes aromas jovens de framboesa, cereja e rebuçado. Na boca, entusiasmam pela sua suavidade, doçura e acidez.
São ótima companhia para um aperitivo no verão e devem ser consumidos enquanto jovens (1 a 2 anos) e servidos ligeiramente frescos, entre 10º e 12º C.

Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P.
Comissão Vitivinícola da Região da Beira Interior