Trata-se de uma vinha de 11 hectares na Beira Interior tem mais de 150 anos e produz quase 10 mil garrafas por ano.

A Quinta das Senhoras, em Marialva (Mêda) venceu recentemente um prémio no “Golden Globe 2018”, foi considerada uma das melhores marcas do mundo, na categoria de propriedade com mais de 20 hectares. Uma espécie de globo de ouro no mundo vitivinícola. Com este resultado entraram na Golden League 2018- The League of Wine Champions.

Trata-se de uma vinha de 11 hectares na Beira Interior tem mais de 150 anos e produz quase 10 mil garrafas por ano. A Quinta da Beira Interior produz castas de touriga nacional, aragonês e sousão para tintos e viosinho e gouveio para brancos. A herdade da Quinta das Senhoras foi comprada em finais do século XIX e já está na posse da 5ª geração.

No “Golden Globe 2018” participaram mais de 6.700 produtores vitivinícolas de 35 países. De sublinhar que o Berliner Wein Trophy é um dos mais importantes concursos de vinho internacionais, sendo que Portugal obteve 139 medalhados: 3 Medalhas Grande Ouro; 118 Medalhas de Ouro e 18 Medalhas de Prata.

Os vinhos Quinta das Senhoras DOC 2013 e Quinta das Senhoras DOC 2014 foram os representantes portugueses que arrecadaram as medalhas de ouro no Portugal Wine Trophy e Berliner Wein Trophy, respetivamente. Os vinhos Quinta das Senhoras DOC vencedores neste Trophy foram também os vencedores das medalhas de prata nas edições de 2017 e de 2018 do Concurso Nacional da Beira Interior.

A colheita de 2013 foi premiada com a “Escolha da Imprensa”, na categoria de vinho tinto, da revista de vinhos “Grandes Escolhas”.
Por sua vez, o vinho tinto Quinta das Senhoras DOC 2011 conquistou a medalha de prata do Concurso de Vinhos Portugueses 2016, tendo obtido uma “pontuação elogiosa” na prova de vinhos de Salamanca. Em Bordéus, a celebração dos vinhos da Quinta das Senhoras foi unânime, tendo todos eles recebido de Andreas Larsson, considerado o melhor sommelier do mundo, pontuações entre os 90 e os 93 pontos.

História da Quinta das Senhoras
Quinta das Senhoras situa-se, em Marialva, uma das doze Aldeias Históricas de Portugal, limite das terras do Coa, antiga fronteira de Leão e Castela, até 1297, no reinado de D. Dinis, território que sempre fez parte da Lusitânia e, depois, do Condado Portucalense, num planalto cortado pela antiga estrada romana, que constituía a rota da peregrinação a S. Tiago de Compostela, desde Mérida, Conimbriga e Salamanca. Os vinhos estão intimamente ligados à História de Portugal, refere o site.

5 Senhoras, 5 Gerações
Quinta das Senhoras existe, desde o séc. XIX, graças à tenacidade de uma dinastia de senhoras, a primeira, Dª Carolina, emigrante no Brasil, que, no seu regresso, comprou e trabalhou as terras que ainda hoje a constituem, onde se produz um vinho genuíno de excelência, tendo contribuído ainda para o nascimento da plantação da vinha e da produção do vinho, no Estado do Paraná, Brasil, e neste país, à volta de uma cidade que adotou o nome de Marialva.

A denominação Quinta das Senhoras tem inspiração e constitui uma homenagem a uma senhora única, Dª Isabel de Aragão, que nela passa o dia 23 de Junho de 1282, véspera do seu casamento católico com El-Rei D. Dinis, a caminho de Trancoso, onde se celebrou.

Uma empresa familiar, que honra o nome da fundadora e sua tetra-avó, rica na sua experiência acumulada e continuada de cinco gerações na arte de produzir vinhos de sabor únicos, com vários prémios, na sua história recente.

A Região da Beira Interior

A Denominação de Origem Beira Interior foi criada a 2 de Novembro de 1999, resultado da aglutinação das regiões de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel, que passaram a sub-regiões desde então. Tem um passado histórico vitivinícola que remonta à fundação da nacionalidade portuguesa, está localizada no interior centro de Portugal, tem cerca de 16 000 hectares de vinhas e uma grande variedade de castas.

Destacam-se nas brancas a Síria, Fonte Cal, Malvasia e Arinto e, nas Tintas, a Rufete, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Os vinhos são influenciados pela montanha, rodeados pelas serras da Estrela, Marofa e Malcata e pela altitude com variações entre os 400 e os 700 metros. Os solos são de origem granítica na sua maioria, sendo os restantes essencialmente de origem xistosa. O clima da região é muito agreste, com temperaturas negativas no Inverno e Verões muito quentes e secos. Desta combinação de factores resultam vinhos brancos de grande exuberância aromática e muita frescura e, nos tintos, vinhos com aromas complexos a frutos silvestres e especiarias, aliados a uma frescura marcante.

Esta região produz vinhos brancos, tintos, rosados e palhetes, bem como espumantes naturais de qualidade, contribuindo para tal a grande variedade de castas que têm permitido a descoberta constante de novos aromas e sabores.

Nos últimos anos, tem-se dado nesta região uma grande evolução relativa ao aumento do número de produtores e à qualidade dos seus vinhos. A Beira Interior quer afirmar-se como uma região de excelência e qualidade na produção de vinhos e ocupar o seu legítimo lugar juntamente com as grandes regiões vitivinícolas portuguesas.