Trata-se de um programa completo que possibilitará conhecer o fantástico património natural e arqueológico do Vale do Côa utilizando um único bilhete.

Se está a pensar visitar a região do Vale do Côa agora tem mais uma razão para o fazer: um bilhete conjunto para desfrutar de uma visita à Reserva da Faia Brava, em Figueira de Castelo Rodrigo, o Parque Arqueológico do Vale do Côa e o Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa.


Trata-se de um programa completo que possibilitará conhecer o fantástico património natural e arqueológico do Vale do Côa utilizando um único bilhete, 36 euros por pessoa. O bilhete está disponível no Museu do Côa ou na sede da ATNatureza.

RESERVA DA FAIA BRAVA
Na Reserva da Faia Brava a natureza é o valor mais importante. São mais de 800 hectares exclusivamente para a conservação da natureza, com ações que se têm centrado no restauro ecológico, através da valorização dos habitats, do aumento da disponibilidade alimentar das espécies mais ameaçadas e da gestão florestal.


Localizada no vale do Côa, com orientação Sul-Norte, possui encostas de grande declive onde afloram rochas graníticas escarpadas, ideias para a nidificação de aves rupícolas.


Insere-se nos Concelhos de Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo e é limitada a norte. A Faia Brava integra uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF), onde a ATN e 30 outros proprietários florestais se comprometeram a desenvolver um projecto conjunto de gestão sustentável do sobreiral.


Insere-se ainda na ZPE do Vale do Côa (Rede Natura 2000) e IBA (Birdlife International Important Bird Area) e, finalmente, no Parque Arqueológico do Vale do Côa, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Em 2010 a Reserva da Faia Brava foi classificada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) como a primeira Área Protegida Privada do país e atualmente é também uma área-piloto do projeto europeu Rewilding.


Para além destes aspetos, a Faia Brava funciona, cada vez mais, como polo de demonstração nas áreas de proteção florestal, educação ambiental e ecoturismo, envolvendo a comunidade local, escolar e empresarial.

Quais as espécies que se pode encontrar?
O desafio começou com a aquisição de 30 hectares por um grupo de biólogos com o objetivo de preservar um casal de águia Bonelli e britangos que residem nas escarpas do vale do Côa e são espécies em risco de extinção. Este é um dos poucos lugares em Portugal onde nidifica a águia de Bonelli.


Águias-reais, por exemplo, ainda este verão nasceu uma cria na Reserva. “No âmbito do programa de monitorização de aves rupícolas ameaçadas foi observado que o casal de Águias-reais que nidifica exatamente na escarpa rochosa que dá o nome à reserva a “ Faia Brava”. Os técnicos responsáveis da ATNatureza identificam e acompanham a evolução dos ninhos para assegurar o sucesso de reprodução dos mesmos”.


Os Jovens Potros e Vitelos que nasceram esta Primavera brincam e correm fortes e saudáveis em liberdade na Reserva da Faia Brava. “As chuvas tardias de Primavera e a abundância de pasto contribuiu para que a taxa de nascimentos das manadas em 2020 fosse um sucesso! As famílias de garranos e maronesas da Faia Brava estão cada vez maiores” explicam.
Uma manada de cavalos garranos – que são cavalos selvagens com um vasto território de mais de mil hectares da reserva da Faia Brava por onde andam livremente.


Os cavalos garranos são autóctones e estão em risco de extinção. A gestão da Faia Brava ajuda a preserva a espécie, mas também conta com o serviço deles. Entre tantas outras espécies para descobrir neste território
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PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA

O conjunto de arte rupestre distribui-se ao longo de dois eixos fluviais principais, o Côa e o Douro abrangendo o Parque uma área pertencente aos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda.


Conhecem-se já mais de 1200 rochas gravadas, em cerca de 80 sítios diferentes, na sua maioria de tempos paleolíticos, mas também da Idade do Ferro ou de época histórica.


O Parque Arqueológico do Vale do Côa situa-se na zona mais a Norte do distrito da Guarda, na região conhecida por Alto Douro. No troço final do rio Côa localizam-se mais de 80 sítios com arte rupestre e cerca de 1200 rochas gravadas, num território de cerca 200 kms2 abrangendo áreas dos concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda.


Este extraordinário conjunto rupestre distribui-se ao longo de dois eixos fluviais principais: o rio Côa, numa extensão de cerca de 30 quilómetros, e também o rio Douro, ao longo de cerca 15 quilómetros, para ambos os lados após a embocadura do Côa. Em consequência do reconhecimento do interesse patrimonial e cultural deste conjunto de achados, foi criado, em 10 de Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa com a missão de gerir, proteger, investigar e mostrar ao público a arte rupestre.


O Vale do rio Côa constitui um local único no mundo por apresentar manifestações artísticas de diversos momentos da Pré-História, Proto-história e da História, nomeadamente o mais importante conjunto de figurações paleolíticas de ar livre até hoje conhecido.

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MUSEU DO CÔA
O Museu do Côa permite uma primeira abordagem à imensidão e complexidades interpretativas da arte do Côa, constituindo-se ainda como o centro difusor de todas as atividades da Fundação, quer integrando a programação regular em oferta como a surpreendente visita noturna à Penascosa, as Oficinas Educativas, as exposições temporárias ou, em datas específicas, diferentes eventos comemorativos. Para além destas atividades, estão também disponíveis várias experiências selecionadas em colaboração com os nossos parceiros.

O Museu do Côa foi projetado por Camilo Rebelo e Tiago Pimentel, uma equipa de arquitetos do Porto. Construído a partir de Janeiro de 2007 foi inaugurado em 30 de Julho de 2010. A conceção do edifício parte da ideia de que “a arte paleolítica no Vale do Côa é talvez a primeira manifestação de ‘Land art’”.


Embora seja um dos maiores museus portugueses, assenta graciosamente, com parte do seu volume como que engastado no topo da colina que, na sua margem esquerda, encima a foz do Côa, celebrando o encontro dos dois patrimónios mundiais da região: a Arte Pré-histórica do Vale do Côa e a Paisagem Vinhateira do Douro.


O Museu do Côa não substitui a visita aos sítios de arte rupestre do Parque Arqueológico do Vale do Côa, afinal o ‘verdadeiro’ Museu. Constitui-se como o portal que permitirá aos visitantes começar a descobrir a arte rupestre dos vales do Côa e do Douro.


O Museu é também um centro de acolhimento para investigadores que desejam estudar o Côa aproveitando a maior biblioteca nacional dedicada à arte rupestre. Os Serviços Educativos da Fundação Côa Parque desenvolvem as suas atividades de modo a acolher quer o público escolar quer o público em geral.

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