Fernando Paulouro Neves recebeu Prémio Eduardo Lourenço 2016 com “honra e gratidão”

O jornalista, escritor e cronista Fernando Paulouro Neves disse na passada sexta-feira que recebeu com “honra e gratidão”, o Prémio Eduardo Lourenço 2017, que foi entregue numa sessão realizada na Biblioteca Municipal da Guarda.

Fernando Paulouro Neves é o vencedor da 13.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na cidade mais alta do país.

Instituído em 2004, o prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com “intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas”.

Na sessão solene, onde o galardão foi entregue pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, o galardoado disse que recebeu a distinção com “honra e gratidão”.

“Porque é um prémio que tem o nome do professor Eduardo Lourenço e um prémio com o nome de Eduardo Lourenço é o mesmo que dizer um prémio da cultura portuguesa”, justificou Fernando Paulouro Neves.

Em declarações aos jornalistas, acrescentou que o ensaísta “é uma referência que nos ajuda a perceber Portugal, que o ajuda a desmistificar e que, portanto, nos ensina, de facto, a ver o país com olhos críticos e como uma outra realidade, além daquilo que é a espuma dos dias, o folclore, a cosmética do folclore, porque a análise do professor Eduardo Lourenço é sempre profunda”.

Em 2017, o júri do Prémio Eduardo Lourenço reconheceu “a projeção cultural e ibérica” de Fernando Paulouro Neves e a sua “notória vocação cultural e cívica, desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos no Jornal do Fundão, órgão de referência na história da imprensa nacional, onde foi jornalista, chefe de redação e diretor”.

O galardão, com o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e diretor honorífico do CEI, já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.

Nas edições anteriores receberam o Prémio Eduardo Lourenço a professora catedrática Maria Helena da Rocha Pereira, o jornalista Agustín Remesal, a pianista Maria João Pires, o poeta Ángel Campos Pámpano, o professor catedrático de direito penal Jorge Figueiredo Dias, os escritores César António Molina, Mia Couto, Agustina Bessa-Luís e Luís Sepúlveda, o teólogo José María Martín Patino e os professores e investigadores Jerónimo Pizarro e Antonio Sáez Delgado.

Durante a cerimónia de entrega do galardão, realizada na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, o autarca da Guarda, Álvaro Amaro, disse que na edição deste ano foi distinguido “um homem da Beira, da raia”.

Segundo o autarca, Fernando Paulouro Neves “foi um digno continuador da obra do seu tio António Paulouro [fundador do Jornal do Fundão]”.

Álvaro Amaro deu os parabéns ao galardoado pela sua visão cultural e cívica e “pelo seu genuíno apego às nossas terras e às nossas gentes”.

No elogio ao premiado, o professor e investigador Arnaldo Saraiva afirmou que Fernando Paulouro Neves “tem méritos” que nenhum outro premiado com o galardão evidenciou, reconhecendo que o prémio “ficou em casa” e “em boas mãos”.


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