Cidade da Guarda quer ser “grande plataforma ferroviária”

O presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, considerou hoje que a cidade será no futuro uma “grande plataforma ferroviária”, tendo em conta as obras de modernização das linhas da Beira Alta e da Beira Baixa.

“Estamos em presença do projeto para a economia da Guarda mais importante das próximas décadas. Quem ignorar isto está a ignorar a Guarda”, disse hoje o autarca aos jornalistas no final de uma reunião do município com a Infraestruturas de Portugal (IP) a propósito do projeto de remodelação da Linha da Beira Baixa.

Segundo Álvaro Amaro, as obras de modernização da Linha da Beira Alta serão realizadas após a conclusão da modernização e eletrificação da Linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e a Guarda, um investimento de cerca de 80 milhões de euros, que estará concluído daqui por “ano e meio [a] dois anos”.

Explicou que, segundo informação da administração da IP, a intenção é a de que, enquanto decorrem as obras na Linha da Beira Baixa – que no concelho da Guarda também contemplam a modernização das pontes, a automatização das passagens de nível e a supressão da passagem de nível do Barracão -, sejam desenvolvidos os estudos tendentes à Linha da Beira Alta.

Quando as obras estiverem concluídas na totalidade, o autarca vaticina que farão da Guarda “uma grande plataforma ferroviária”.

No parecer que a câmara da Guarda vai emitir em relação à Linha da Beira Baixa vai deixar “bem vincado” que a abertura do troço que está desativado desde 2009 “vai melhorar a economia da Guarda e da Covilhã”, revelou.

Álvaro Amaro adiantou que vai “ser um ponto importante não apenas por isso, mas também por fazer da Guarda, com a modernização da Linha da Beira Alta, “cujo término ocorrerá no final deste quadro [comunitário], ou seja, no limite em 2022”, uma “plataforma ferroviária muito importante”.

“Temos até 2022 uma estação ferroviária da Guarda (…) com muito mais movimento em termos de transporte ferroviário, seja de mercadorias, seja de pessoas. Disso não tenho a mais pequena dúvida”, garantiu.

Por isso, justificou que quando a autarquia coloca a Guarda “como uma grande plataforma ferroviária” está “apenas a dizer a todos que este assunto deve mobilizar toda a ciência, toda a economia, todos quantos queiram debater o futuro da Guarda, porque está aqui um projeto que, realmente, será dos mais importantes das próximas décadas”.

E justamente tendo em conta a importância da ferrovia, a autarquia vai organizar, no dia 05 de dezembro, a partir das 16 horas, mais uma “conferência da Guarda” sobre o tema “A Guarda: Uma Plataforma Ferroviária”.

Serão conferencistas Manuel Tão, da Universidade do Algarve, e António Martins, um operador ferroviário ligado à atividade privada, sendo que no encerramento, pelas 18h45, estará o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.


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