Vinte e duas empresas da área das Aldeias Históricas com qualidade certificada

Vinte e duas empresas que operam na área das 12 Aldeias Históricas de Portugal receberam hoje certificados Biosphere Commited Companie, atribuídos pela Biosphere Responsible Tourism, que garante a qualidade do serviço prestado aos visitantes.

Os certificados foram entregues na Aldeia Histórica de Linhares da Beira, no concelho de Celorico da Beira, distrito da Guarda, durante a realização de um fórum de desenvolvimento sustentável sobre “Desafios e Oportunidades para os Destinos Alternativos”.

O fórum foi promovido pela AIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu, em coorganização com as Aldeias Históricas de Portugal, o NERGA – Núcleo Empresarial da Região da Guarda, a AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa e a ADDLAP – Associação de Desenvolvimento Dão Lafões.

O presidente da Associação das Aldeias Históricas de Portugal, António Robalo, que também preside à Câmara do Sabugal, disse à agência Lusa que a distinção hoje atribuída às 22 empresas da região Centro resultou de um plano de formação realizado durante cerca de dois anos de trabalho conjunto.

Segundo o responsável, “qualificar, certificar, melhorar e estruturar” os recursos existentes na área de abrangência das Aldeias Históricas “é extremamente importante”.

“Esse trabalho não é só das instituições e deve ser feito com os agentes privados”, em setores como alojamento, restauração, animação turística e agências, assumiu.

António Robalo disse que as Aldeias Históricas, como um destino de turismo alternativo, têm desafios pela frente e é preciso envolver os privados na “certificação e qualificação” do serviço prestado aos clientes.

“Poderão pensar que qualificar e certificar é um processo caro e inútil, mas não é. É um processo essencial para a qualificação de uma oferta turística em territórios que são qualificados, que são excelentes. O nosso território já é excelente, as pessoas, as identidades e a nossa História são excelentes. Nós precisamos de ter uma excelência nos serviços que prestamos na região”, afirmou António Robalo.

Na sessão de abertura do fórum, o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, disse que para as empresas “está em causa a competitividade dos territórios” e a “sustentabilidade dos vários modelos de negócio”.

O responsável reafirmou que, no médio prazo, “o verdadeiro luxo” turístico estará nos territórios do Interior do país, onde existe tranquilidade, silêncio e segurança.

“Isto não se encontra nos destinos massificados, isto já não se encontra nas grandes áreas urbanas, encontra-se em territórios com estas características. É por isso que este diamante tem que ser muito bem estruturado, tem que ser muito bem lapidado”, defendeu.

O presidente da AIRV, João Cotta, alertou que não se pode falar de turismo sustentável “sem se falar do respeito e da preservação dos recursos naturais”, enquanto Pedro Tavares, dirigente do NERGA, reconheceu que as Aldeias Históricas são “importantes” para atrair visitantes para as regiões onde se inserem.

Carlos Ascensão, presidente do município de Celorico da Beira, disse esperar que a iniciativa “seja mais um passo” para territórios que “bem precisam” de promoção e de desenvolvimento.


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