Vinhos portugueses elogiados nos Estados Unidos

O especialista em vinhos norteamericano Doug Frost defende que a vantagem dos vinhos portugueses «é a grande variedade de castas». O especialista em vinhos norteamericano Doug Frost defende que a vantagem dos vinhos portugueses «é a grande variedade de castas», pelo menos 250, uma diversidade que não existe «em mais lado nenhum». Doug Frost é […]

O especialista em vinhos norteamericano Doug Frost defende que a vantagem dos vinhos portugueses «é a grande variedade de castas».
O especialista em vinhos norteamericano Doug Frost defende que a vantagem dos vinhos portugueses «é a grande variedade de castas», pelo menos 250, uma diversidade que não existe «em mais lado nenhum». Doug Frost é jornalista e uma das três pessoas que detem a qualificação de Master of Wine e Master Sommerlier em simultâneo. O americano fez estas declarações na quinta-feira em Nova Iorque, Estados Unidos, à margem do evento “50 Melhores Vinhos Portugueses”. Referindo-se a castas como Touriga Nacional e Alvarinho, Frost diz que «Portugal percebeu que não interessa competir com os grandes produtores de Cabernet ou Sauvignon e isso faz todo o sentido». Especificidade das castas tem de ser divulgada A especificidade das castas nacionais é, no entanto, um desafio comercial. «Portugal tem de fazer um trabalho de formação, que é muito difícil, para introduzir o consumidor às suas castas mais especiais». «O Periquita foi o primeiro [vinho português] que conheci, era um vinho que podia levar para qualquer mesa», diz, acrescentando que foi quando passou a lua de mel em Portugal, em 1985, que descobriu a variedade dos vinhos nacionais. A visita do americano não foi tranquila: «Fui assaltado no dia que cheguei. Uns amigos emprestaram-me tudo o que precisei. No regresso, duas semanas depois, a única bagagem que despachei foi uma caixa com os vinhos que comprei», contou. Desde essa altura, visita Portugal a cada dois anos. No Verão passado, regressou duas vezes para degustar mais de 600 vinhos em provas cegas. «Durante muitos anos, Portugal foi conhecido pelos seus tintos. Agora, está a produzir uns brancos muito refrescantes que podem ter muito sucesso no mercado americano», explica. Dentro da seleção de 50 vinhos, Doug Frost destacou 10 “Top of the Top”, como um Moscatel de 2005 Adega de Palmela, da Adega Cooperativa de Palmela e 10 “Best Values”, como o CSL Sousa Tinto 2009, da Casa Santos Lima. A iniciativa “50 Great Portuguese Wines by Doug Frost” é da responsabilidade da empresa ViniPortugal, que traz o evento para os Estados Unidos depois de dez anos em Inglaterra e três no Brasil. Negócios na América A divulgação da lista aconteceu durante um almoço para cerca de 150 pessoas em Manhattan, seguido de uma prova de vinhos para profissionais da indústria e público em que participaram mais de 1000 pessoas. O director de vendas para a América do Norte da Esporão, Pedro Lopes Vieira, diz que estes eventos têm efeitos práticos nas vendas, afirmando que em duas horas, «cinco vendedores marcaram encontros para comercializar os vinhos». O presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro destacou a relevância do mercado norteamericano: «É nos Estados Unidos que estão os principais criticos e as publicações mais relevantes. Ter sucesso neste mercado significa ter sucesso em muitos outros países», declarou.

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