Desde 16 de setembro que os comboios Intercidades voltaram a parar nestas duas gares, o que se traduziu num aumento de passageiros.
As estações de Vila Franca das Naves e Fornos de Algodres aumentaram em 17 por cento o número de passageiros dos comboios de longo curso entre a Guarda e Lisboa, e vice-versa. Segundo a CP, este incremento deve-se ao facto de, «desde 16 de setembro, todos os Intercidades pararem nestas estações». Antes, isso só acontecia com alguns comboios, num serviço diário com três ligações Lisboa-Guarda e Guarda-Lisboa.
Este aumento de clientes registado nestas duas estações do distrito da Guarda originou uma quebra da procura do mesmo serviço em Mangualde e Celorico da Beira «na mesma ordem de valores, uma vez que funcionavam como alternativa a Fornos e Vila Franca, respetivamente», refere a CP. No entanto, apesar destes dados de aumento da procura em Vila Franca das Naves e Fornos, a empresa não prevê reabrir as bilheteiras destas gares, encerradas desde novembro de 2004. «A CP está a desenvolver esforços para implementar soluções alternativas que garantam a venda personalizada de bilhetes», afirma o gabinete de relações públicas em resposta a O INTERIOR. Uma delas poderá passar pela colocação de máquinas de venda automática. Até lá, quem pretender viajar de comboio a partir de Vila Franca das Naves ou Fornos de Algodres terá de comprar o ingresso a bordo ao revisor ou então adquiri-lo antecipadamente nas caixas Multibanco, Internet ou através do “call center” da CP.
A empresa pública de comboios afirma que nos últimos oito anos «não registou qualquer queixa» dos seus clientes motivada pelo encerramento das bilheteiras. A Comboios de Portugal avançou ainda ao jornal O INTERIOR que, desde o início de 2012, nos serviços de longo curso, as estações do distrito (Guarda, Vila Franca das Naves, Celorico da Beira e Fornos de Algodres) tiveram «um fluxo de 67 mil passageiros a embarcar e 68 mil pessoas com destino à região».