Vereador do PS Pedro Fonseca deixa Câmara da Guarda de “consciência tranquila”

O ex-presidente da Federação Distrital do Partido Socialista da Guarda, Pedro Fonseca, renunciou ontem ao cargo de vereador na Câmara local de “consciência tranquila e de cabeça erguida”.

Pedro Fonseca demitiu-se na quarta-feira do cargo de líder distrital do PS por a proposta da distrital de candidatos às eleições legislativas ter sido chumbada pela Comissão Política Distrital e, ontem, na reunião quinzenal da Câmara Municipal da Guarda, presidida por Carlos Chaves Monteiro (PSD), renunciou ao cargo de vereador.

“Tenho a noção de que o meu desempenho não foi perfeito e de que outros teriam desempenhado o mandato bem melhor do que eu, mas julgo que, mesmo assim, mereço sair de consciência tranquila e de cabeça erguida”, disse o vereador demissionário na reunião do executivo, quando apresentou a renúncia do mandato autárquico.

Pedro Fonseca disse ainda que “foi uma honra e um privilégio” ter desempenhado as funções de eleito socialista na maior autarquia do distrito da Guarda.

Antes de abandonar a sessão, o vereador demissionário pediu ao presidente social-democrata que incluísse na Ordem de Trabalhos uma proposta da sua autoria “que visa o alargamento do apoio à esterilização e castração de cães e gatos a munícipes que se encontrem integrados em situação de comprovada carência económica”.

A proposta foi aceite e foi votada por unanimidade, após o que Pedro Fonseca abandonou a sala de sessões do executivo municipal da Guarda.

O socialista deverá ser substituído na vereação por Cristina Correia, o número três da lista que o PS candidatou às eleições autárquicas em 2017.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, o social-democrata Carlos Chaves Monteiro, disse a Pedro Fonseca que no exercício das funções de eleito do PS lhe reconhece “a competência e a dignidade” com que desempenhou o cargo político nos últimos dois anos.

O autarca referiu que o socialista “enriqueceu” o debate político e que “deixa uma boa marca naquilo que é a defesa da democracia e do municipalismo”.

O outro vereador do PS, Eduardo Brito, disse que discorda “totalmente” da decisão de Pedro Fonseca, mas que a respeita e compreende.

“Tenho pena que o Pedro [Fonseca] abandone este projeto político com futuro. Tenho pena que se interrompa aqui a participação. Desejo-lhe os maiores sucessos pessoais e profissionais”, rematou.

O PSD detém a maioria no executivo municipal da Guarda com cinco eleitos e o PS dois.


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