É já a segunda vez que a Deco promove um leilão destes. O ano passado, também em maio, lançou um só para eletricidade ganho pela empresa espanhola Endesa e ao qual aderiram cerca de 40 mil dos mais de 600 mil inscritos.
Tal como no primeiro leilão, a Deco vai exigir à empresa vencedora uma comparticipação de cinco euros por cada contrato firmado. O montante final será, contudo e também à semelhança do que aconteceu o ano passado, devolvido aos consumidores que aderirem, mas apenas aos que são associados da Deco que terão um desconto adicional na primeira conta.
No primeiro leilão este foi, segundo a EDP, Galp e Iberdrola, o maior entrave da iniciativa e até a razão porque escolheram não participar deixando o leilão com apenas um concorrente: a Endesa. Além da operadora espanhola, as restantes diziam que cinco euros era um custo demasiado elevado para angariar clientes e que conseguiam fazê-lo a preços mais baixos.
Independentemente de terem deixado o leilão quase vazio, a verdade é que, nos dias seguintes a EDP e a Galp apresentaram duas novas ofertas com descontos melhores que o da Endesa o que a Deco não descarta que aconteça novamente este ano. Contudo, segundo explicou a associação o ano passado, essa situação foi um claro sinal de que o leilão fez o mercado mexer e esse era o objetivo principal.
Hoje, o maior desconto no mercado livre é de 3% na luz e de 5% no gás no caso das faturas duais ou de 2% se for só eletricidade ou 5% se for só gás. Esta poupança incide sobre os preços do mercado regulado que na eletricidade subiram 2,8% em janeiro e no gás vão aumentar 2,4% a partir de julho.