Vagas no Superior caem pelo terceiro ano

Pelo terceiro ano consecutivo, os alunos vão ter menos vagas disponíveis no Ensino Superior – precisamente 50 820, o contingente mais baixo desde 2008. A primeira fase do concurso arranca esta quinta-feira.

Mais de 45% das vagas voltam a pertencer a cursos nas áreas de engenharias (17,5% dos lugares), ciências empresariais (15,3%) e saúde (13%). Os alunos podem concorrer a partir de amanhã e até 8 de agosto. Os resultados saem um mês depois. Os institutos politécnicos voltam a ser mais penalizados pela quebra – vão abrir o número mais baixo de vagas desde 2007 e em termos percentuais regrediram para níveis (44% do total de lugares) de há dez anos. Entre as universidades, só a do Algarve volta a perder mais de cem alunos relativamente ao ano passado. Nos politécnicos, o cenário é diferente. À exceção das escolas superiores de enfermagem, Náutica e de Turismo do Estoril, e de haver institutos com quebras ligeiras – como o de Coimbra, Bragança e Porto -, há outros, como o de Portalegre e de Tomar, que perdem quase um quinto das vagas, respetivamente 17,3 e 21,8%. Relativamente às áreas, arquitetura e construção é a que mais lugares perde. As crescentes vagas sobrantes em engenharia civil são a principal causa. Há 1066 lugares disponíveis, menos 147 que em 2013. Ciências empresariais, formação de professores e serviços sociais são as outras três áreas com mais perda de lugares.

Enfermagem abre mais

Medicina volta a manter o número de vagas. Já enfermagem vai disponibilizar mais de 1900 lugares, uma subida relativamente ao ano passado. Só as escolas superiores de Porto, Coimbra e Lisboa oferecem (tal como em 2013) 890 vagas. Para o presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, Alberto Amaral, serão formações absorvidas pela emigração. Entre as engenharias e ciências empresariais, destacam-se os cursos de Gestão ou Gestão de Empresas, com 2274 vagas, e de Informática ou Engenharia Informática, com 2275. O aumento das vagas sobrantes, sempre a subir desde 2009, e a taxa de empregabilidade dos cursos voltaram a ser critérios que ditaram o corte de vagas. Alberto Amaral não volta a considerar a oscilação significativa. De acordo com as metas europeias que Portugal subscreveu, o país terá de atingir, em 2020, a meta de 40% de diplomados entre a população com 30 a 34 anos.


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