Utilizadores pedem mais atenção para o Parque Municipal da Guarda

Espaço foi requalificado em 1994.

Os utilizadores do Parque Municipal da Guarda afirmam que gostam do recinto, mas pedem mais atenção para o espaço que se encontra degradado e a necessitar de obras de manutenção. A Câmara Municipal da Guarda promete dar mais atenção ao recinto e devolvê-lo à cidade. O Parque Municipal, localizado junto do Estádio Municipal e do Parque de Campismo da Guarda, foi requalificado em 1994. Possui um circuito de manutenção, um auditório com bar, um pavilhão (que entre 2009 e 2013 acolheu o Call Center da multinacional da Adecco), um lago, um edifício para bar junto do lago, uma Ludoteca e um parque infantil, entre outras áreas de lazer e de apoio aos utilizadores. Romina Fortes, estudante do 3.º ano do Instituto Politécnico da Guarda, natural do Barreiro, é frequentadora do Parque “por ser muito bonito e agradável e por estar no centro da cidade”, mas ao nível da manutenção reconhece que “podia estar melhor”. “O Parque é bom para passear, mas devia haver mais equipamentos para fazer exercício físico. Aqui só vemos pessoas a correr”, disse. Ester Garcia, de 36 anos, disse ao Jornal A Guarda que costuma fazer exercício físico naquele local que considera “bastante agradável”. No entanto, na sua opinião, o recinto “podia estar melhor”, indicando que “faltam alguns aparelhos de exercícios para os idosos e os percursos começam a ser um bocadinho complicados, por causa dos solavancos” originados pelo piso irregular. “Pelas árvores, este sítio é maravilhoso, é um pulmão da cidade, muito melhor do que o Parque Polis. Na hora de almoço não se pode ir ao Polis, mas aqui sim, porque há muitas árvores e muita sombra”, observou. Um atleta que faz a sua manutenção física no Parque Municipal, que pediu para não ser identificado, referiu que no recinto já houve mais pessoas a praticarem desporto do que atualmente. “Há muito vandalismo. É só olharmos à nossa volta. Deveria haver mais vigilância, era muito importante. Há por aqui grupinhos que estragam tudo”, denunciou. Devido aos atos de vandalismo, a estátua de homenagem à criança guardense, foi retirada e guardada, há cerca de um mês, pelos funcionários da Câmara Municipal da Guarda que zelam pelo recinto. “Sei que a estátua foi guardada pois estava constantemente a ser vandalizada e a ser deitada abaixo do pedestal. Passados dois ou três dias de ser posta no sítio era logo deitada abaixo, vinha logo para o chão”, contou. Referiu que está a ser estudada uma solução para fixar melhor a estátua no pedestal localizado logo à entrada do portão principal. “A estátua estava lá bem, não caía se não lhe mexessem. Aparecia muitas vezes tombada. O seu autor já perguntou o que lhe fizeram, pois pensava que tinha sido roubada”, disse. A estátua de homenagem à criança estava anteriormente nas traseiras da Sé Catedral da Guarda, no Largo Dr. Amândio Paul. Em novembro de 2005, no âmbito do Programa Polis, que incluiu intervenções na área envolvente da Sé, foi deslocalizada para o Parque Municipal. Outro utilizador, que também não quer ser identificado, queixou-se que os utilizadores daquele espaço de lazer não respeitam as regras da boa educação e “deitam muito lixo para o chão, apesar de haver muitos caixotes” espalhados pelo recinto. O próprio lago também não escapa. “É impossível mantê-lo limpo, porque lançam para lá muitas pedras e lixo”. O vereador Sérgio Costa, responsável pelo pelouro dos jardins e espaços verdes disse ao Jornal A Guarda que o Parque Municipal tem “estado de costas voltadas para a cidade”, mas o novo executivo camarário irá, no mais curto espaço de tempo, “começar a devolver o Parque à cidade”. “Tem estado esquecido durante vários anos e temos que começar a reaproveitá-lo. Com os parcos recursos do Município, tentaremos fazer uma recuperação do espaço”, disse o autarca, lembrando que uma primeira medida já consistiu na ligação das luzes de iluminação do recinto, que estavam desligadas durante a noite. Quanto à estátua da criança, Sérgio Costa confirmou que foi retirada do pedestal por razões de segurança, mas a autarquia irá “resolver rapidamente a situação” e encontrar uma solução para a fixar com segurança.


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