UBI desenvolve programa de formação com escolas da Cova da Beira

A Universidade da Beira Interior vai desenvolver um programa de excelência na formação de alunos nas disciplinas de matemática, física e química com as escolas secundárias da Cova da Beira.

O anúncio foi feito pelo reitor da instituição na sessão solene de abertura do novo ano letivo.

António Fidalgo sublinha que este programa tem como principal objetivo estimular o interesse dos mais jovens por essas áreas com o intuito de contribuir para reforçar a captação de alunos para a UBI nas áreas das ciências e da engenharia “não basta fazer análises, é preciso agir; nesse sentido a UBI, em parceria com as escolas secundárias da Cova da Beira, irá desenvolver um programa de excelência na formação dos alunos em matemática, física e química. Para isso vamos formar uma jovem academia das ciências em que os melhores alunos das escolas secundárias nessas disciplinas virão para a UBI um dia inteiro por semana para aqui serem envolvidos num ambiente académico intenso, assumindo a universidade os custos com o seu estudo aqui, incluindo as refeições”.

O reitor da UBI aplaudiu ainda a criação da iniciativa “Mais Superior”, em que são criadas bolsas de estudo para estudantes que optem por estudar em universidades e politécnicos sediados no interior. No entanto António Fidalgo sublinha que a iniciativa está a ser mal implementada “em vez de deixar ao critério das próprias instituições por que cursos essas bolsas deveriam ser distribuídas, no nosso caso 80 bolsas, houve apenas o critério da classificação e no nosso caso essas bolsas não trouxeram mais estudantes porque foram quase na totalidade para alunos de cursos que não têm qualquer dificuldade no preenchimento das suas vagas”.

Na abertura solene do ano letivo, António Fidalgo mostrou-se ainda preocupado com o sub financiamento a que a UBI tem estado sujeita pelo governo “somos a universidade Portuguesa mais crónica e escandalosamente sub-financiada; do montante global do orçamento de estado a UBI deveria receber 2,91 % e em 2013 recebeu apenas 2,30% e acima disso temos cativações orçamentais que no ano passado representaram meio milhão de euros e que outras instituições não tiveram”.

O reitor da universidade da Beira Interior expressou ainda o seu descontentamento pela forma como está a decorrer o processo de avaliação das unidades de investigação inscritas na FCT (fundação para a ciência e tecnologia), uma vez que mais de metade dessas unidades não passou à segunda fase de avaliação o que já motivou o protesto do conselho de reitores “as candidaturas a bolsas de estudo e a projetos ficarão comprometidas pelo menos número de unidades de investigação e é lamentável que uma avaliação circunstancial possa colocar em causa o sistema de ensino superior determinado pelas instâncias competentes, nomeadamente pela Assembleia da República”.


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