Turismo do Centro oferece noites nas redes de Aldeias da região

A pandemia “não trouxe nada de bom”, assumiu Pedro Machado, “mas criou janelas de oportunidade a estes territórios que souberam responder muito positivamente aos desafios que foram criados”.

O Turismo Centro de Portugal vai oferecer noites nas Aldeias de Montanha, Históricas e de Xisto, ao abrigo de um passatempo hoje apresentado para assinalar o Dia Mundial do Turismo.

“É um passatempo que vai ser colocado nas redes sociais a partir de domingo e que tem a atribuição de ‘vouchers’ distribuídos respetivamente pelas três redes [Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias de Xisto], que vão oferecer experiências aos portugueses ou estrangeiros”, anunciou o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado.

Este responsável explicou que, contrariamente ao que o Turismo do Centro costuma fazer, com iniciativas nos postos de turismo com produtos endógenos, este ano avançou com uma iniciativa diferente “face aos condicionalismos e à conjuntura atual do estado de contingência” por causa da pandemia de covid-19.

“Entendemos substituir, não a capacidade de manter a hospitalidade e de receber bem nos postos de turismo, mas criar estes passatempos, aproveitando as redes sociais e aquilo que podem significar na acessibilidade para mais cidadãos poderem usufruir”, justificou.

A pandemia “não trouxe nada de bom”, assumiu Pedro Machado, “mas criou janelas de oportunidade a estes territórios que souberam responder muito positivamente aos desafios que foram criados”.

Os três projetos envolvidos no passatempo – Aldeias de Montanha; Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias de Xisto – oferecem, cada uma delas, duas noites em dois locais distintos de cada um dos projetos para usufruírem de espaços, experiências turísticas e culturais que cada uma destas “Aldeias” proporciona.

A apresentação decorreu numa das unidades hoteleiras das Aldeias de Montanha, na Lapa dos Dinheiros, no concelho de Seia, Guarda, onde se juntou a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, uma vez que, este ano, o Dia Mundial do Turismo é dedicado ao desenvolvimento rural.

Este setor primário é, aliás, ponto comum em todos estes projetos, que assentam em turismo que “envolve as comunidades locais das aldeias” que se situam, “maioritariamente no interior, ou até junto da zona raiana” e onde a “agricultura e o mundo rural estão na base da sua sustentabilidade”.

“Esta rede simbiótica de aldeias deste território do Centro de Portugal faz a diferença e não é de hoje, nem deste verão, nem deste contexto pandémico, é desde há muito tempo a esta parte e estes projetos fazem-no com uma persistência que faz acontecer”, elogiou a ministra da Agricultura.

Maria do Céu Antunes assumiu o turismo como “um dos parceiros fundamentais para que seja possível alcançar as metas ambiciosas” propostas na agenda de inovação da Agricultura 20/30 que tenciona, destacou, “colocar no interior do país 80% dos jovens agricultores” para uma “inversão do território”.

“O desenvolvimento agrícola é determinante para a vitalidade de territórios como estes para poderem alimentar todos os setores conexos como é o caso do turismo e só por isso vale a pena estar aqui a celebrar o Dia Mundial do Turismo reforçando o papel determinante para o desenvolvimento rural, para a criação de emprego qualificado para uma vitalidade dos territórios que combatem o abandono e a desertificação e com isso acrescentar este valor que achamos determinante para garantir o sucesso do país como um todo”, rematou.


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