Turismo do Centro aprovou estatutos mas Coimbra volta a querer ter a sede

A assembleia geral da Entidade Regional de Turismo do Centro aprovou na sexta-feira por maioria os estatutos e regulamento eleitoral, mas Coimbra voltou a questionar a localização da sede. A reunião visou adaptar a estrutura de turismo do Centro ao novo regime jurídico das áreas regionais de turismo, que no caso da Região Centro de […]

A assembleia geral da Entidade Regional de Turismo do Centro aprovou na sexta-feira por maioria os estatutos e regulamento eleitoral, mas Coimbra voltou a questionar a localização da sede.
A reunião visou adaptar a estrutura de turismo do Centro ao novo regime jurídico das áreas regionais de turismo, que no caso da Região Centro de Portugal passa a integrar os pólos da Serra da Estrela e de Leiria-Fátima, e ao regime jurídico da organização e funcionamento das Entidades Regionais de Turismo. De acordo com um comunicado da própria Turismo Centro Portugal, «a Assembleia Geral decorreu num ambiente de unidade à volta da marca Centro de Portugal, tendo por base as sub-marcas regionais» e «os documentos foram aprovados por larga maioria». No entanto, a Câmara de Coimbra fez difundir um comunicado em alude à possibilidade da sede vir a ser transferida de Aveiro para Coimbra, aproveitando as mudanças do regime jurídico. Segundo o comunicado daquela autarquia, a localização da sede da Entidade foi «um dos pontos que estava em cima da mesa», tendo sido adiado por proposta do presidente do Município de Coimbra, João Barbosa de Melo, para se tentar obter «o essencial consenso alargado». No comunicado, Barbosa de Melo sublinha que «Coimbra está disponível para acolher a sede da Entidade, sendo certo que o espírito de unidade e o sentido de rumo têm de estar na essência da sua missão, porque só dessa forma se alcançam os grandes objetivos da Região». O Município de Coimbra, na altura liderado por Carlos Encarnação, não aderiu inicialmente à Turismo do Centro, precisamente por contestar a localização da sede em Aveiro, numa polémica que envolveu vários autarcas. Entre eles esteve o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, que afirmou publicamente que se um ou outro município não aderisse o problema seria deles, porque ficariam a perder e criticou a rivalidade entre Aveiro e Coimbra por ser uma “guerra desatualizada”. O Município de Coimbra acabou por aderir à Entidade Regional de Turismo, depois do processo de extinção da empresa municipal que havia criado para a promoção turística, mas recupera agora a discussão sobre a localização da sede, esperando que o alargamento venha a beneficiar as suas pretensões.

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