ULS de Castelo Branco preocupada com aposentação de médicos

O presidente do CA da ULSCB falou dos últimos três anos que coincidiram com o surgimento da pandemia de covid-19, “um desafio árduo, mas que foi vencido e correu bem”.

O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) disse hoje que “o problema mais crítico” com que se debate é do aumento das aposentações de médicos e a dificuldade em fixar novos clínicos.


Em entrevista à agência Lusa, José Nunes considerou funcional o modelo das ULS, uma vez que integram a atividade hospitalar com os cuidados de saúde primários.

“Na minha opinião, trata-se de um modelo adequado que privilegia os utentes e a governação”, afirmou.

A ULSCB, EPE. foi criada em 2009, com a integração do Hospital Amato Lusitano (HAL) com os agrupamentos de centros de saúde da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul, e cuja área de influência corresponde aos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã e Vila Velha de Ródão.

O presidente do CA da ULSCB falou dos últimos três anos que coincidiram com o surgimento da pandemia de covid-19, “um desafio árduo, mas que foi vencido e correu bem”.

“Ao longo destes três anos, conseguimos promover a retoma que era necessária após a pandemia. Aumentámos o número de consultas e de doentes tratados. Aumentámos a atividade cirúrgica em mais de mil cirurgias no último ano e aumentámos as consultas externas em mais de 7.500. São valores muito relevantes”, frisou.

Em termos globais, realçou um registo no aumento global em toda a linha da atividade assistencial e também a melhoria no acesso, com a redução das listas de espera, quer em termos de consultas, quer de cirurgias.

“Tivemos um problema. Este período [retoma da pandemia] coincidiu também com o aumento do número de reformas de médicos. Estivemos em contraciclo. Infelizmente, tivemos aqui um aumento do número de médicos aposentados, quer ao nível hospitalar, quer ao nível dos cuidados primários”, explicou.

José Nunes assumiu que atualmente “este é talvez o problema mais crítico” com que se debate a instituição, “as aposentações dos médicos e a dificuldade em fixar novos médicos”.

Contudo. realçou que este não é um problema da ULSCB, mas uma situação transversal à maioria das instituições públicas de saúde.

“Para obtermos estes resultados positivos, temos recorrido a prestadores de serviço, tal como outras instituições”, sublinhou.

Este responsável disse sentir orgulho por tudo o que a instituição fez ao longo dos últimos três anos e pelo que está a fazer.

“Sempre conseguiu [ULSCB] garantir a assistência aos nossos utentes. É claro que nem tudo corre como gostaríamos. Há sempre algumas demoras em termos de prestação de serviços”, sintetizou.

Ainda assim, salientou que tem conseguido “respostas muito positivas”.

“Ao longo destes três anos, nunca tivemos a atividade comprometida, nem as urgências”, concluiu.


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