UBI colabora na requalificação de desempregados

A Universidade da Beira Interior integra a rede de universidades e politécnicos que, conjuntamente com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, assinaram protocolos com o objetivo de requalificar profissionalmente 1400 desempregados com formação superior.

A requalificação é feita na área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Os protocolos consideram 57 ações formativas que vão ser ministradas pelas 26 instituições do ensino superior – Universidades e Politécnicos – e que se inserem no âmbito da medida Vida Ativa. As ações de formação vão ter uma duração entre 200 a 300 horas e serão complementadas com formação prática em contexto de trabalho com a duração de 3 a 6 meses.

A UBI dispõe atualmente de licenciaturas e mestrados em engenharia informática, informática web e design multimédia, bem como experiência na formação de quadros em colaboração com empresas, como a Altran, Portugal Telecom e Syone. Para o Vice-Reitor para a área Financeira e Projetos, Mário Raposo, “a assinatura deste protocolo acontece de forma natural, uma vez que a UBI tem fortes valências na área das Tecnologias da Informação e Comunicação, sendo até uma obrigação da instituição contribuir para a requalificação de recursos humanos com formação superior”.

Na assinatura dos protocolos estiveram presentes, para além dos responsáveis das Universidades, Politécnicos e do Presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e os Secretários de Estado do Ensino Superior e do Emprego.

As instituições do ensino superior têm «funções variadas, mas como é evidente a empregabilidade dos jovens que procuram os seus cursos é um aspeto central das preocupações das instituições do ensino superior», indicou o Ministro da Educação e Ciência que acrescentou «as Universidades e Politécnicos têm de conjugar duas áreas ou preocupações, a formação geral e a qualificação para uma profissão».

Para Mota Soares, o acordo de cooperação entre o Instituto de Emprego e Formação Profissional e as Universidades e os Politécnicos vai «potenciar a conversão de diplomados com formação de ensino superior em áreas de baixa empregabilidade, e que em, alguns casos, são desempregados de longa duração» fornecendo-lhes um conjunto de «novas oportunidades do ponto de vista da empregabilidade na economia digital».

As áreas de programação informática e outras no domínio das Tecnologias da Informação e Comunicação têm uma forte procura em Portugal, e dados do EuroSkill indicam que, nestas áreas, cerca de 8 mil ofertas de emprego dificilmente serão preenchidas em 2015. Neste sentido o Ministro Mota Soares considera que «uma reconversão formativa que seja ajustada às necessidades do mercado onde há procura» irá «potenciar a integração qualificada de desempregados com formação superior».


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