Simulacro de acidente ferroviário testou meios da proteção civil em Trancoso

A proteção civil faz um balanço positivo do simulacro de acidente ferroviário realizado no sábado junto da estação ferroviária de Vila Franca das Naves, em Trancoso, por ter permitido testar a capacidade de reação dos meios envolvidos.

“Eu entendo que em termos gerais a intervenção foi muito eficaz”, disse aos jornalistas, no final do simulacro, o vereador da Câmara Municipal de Trancoso João Paulo Matias.

O exercício “Livex – Vila Franca das Naves I – 2015” foi promovido pelo serviço municipal de proteção civil de Trancoso no âmbito do Plano Municipal de Emergência.

O simulacro, que constou de um choque entre dois comboios, um de passageiros e outro de mercadorias, junto da estação ferroviária de Vila Franca das Naves, na Linha da Beira Alta, começou pelas 14h55 e terminou cerca das 17h30.

Os meios envolvidos atuaram num cenário de acidente que originou dois mortos e 21 feridos e incluiu o derrame de uma substância perigosa (peróxido de hidrogénio), que implicou a atuação dos bombeiros de Ciudad Rodrigo (Espanha) que possuem uma viatura que foi adquirida com fundos comunitários para operar em ambos os lados da fronteira.

No final, o vereador da autarquia de Trancoso referiu à agência Lusa que durante o simulacro ocorreram algumas falhas, mas reconheceu que “foi possível testar a capacidade de reação, a capacidade de intervenção e, acima de tudo, a capacidade de coordenação das várias entidades envolvidas”.

“É sempre difícil, até por se tratar de um simulacro que envolve várias corporações de bombeiros, [a] intervenção do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, [de] várias entidades quer ao nível distrital, quer ao nível nacional, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, é sempre difícil haver uma coordenação completa e absoluta dos meios e dos recursos humanos que foram aplicados neste exercício”, apontou.

No entanto, o autarca referiu que, em termos gerais, a iniciativa “correu muito bem”.

“Foi importante não apenas para perceber os meios que temos disponíveis para acorrer a este tipo de situações”, como também para sensibilizar os políticos “para perceberem melhor os mecanismos de reação que existem quando há este tipo de sinistros”, disse.

O comandante distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, António Fonseca, disse que o “Livex – Vila Franca das Naves I – 2015”, que envolveu cerca de 150 operacionais, “correu bem”.

“Em termos de adesão e de mobilização podemos dizer que correu bem, não houve falhas de mobilização no efetivo que estava previsto”, apesar de ter havido necessidade de acorrer a duas situações reais: um incêndio florestal e um acidente rodoviário, afirmou.

Para além dos bombeiros e do INEM, o exercício também envolveu meios da GNR, da Refer, da CP, da CPCarga e da Unidade Local de Saúde da Guarda, entre outras entidades.


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