Seis municípios avaliam recursos hídricos do Parque Natural da Serra da Estrela

O projeto é liderado pela Guarda e envolve os municípios da Covilhã, Manteigas, Seia, Gouveia e Celorico da Beira.

Os seis municípios do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) vão elaborar um plano de avaliação dos recursos hídricos daquela área protegida para perceber o seu potencial sem “tabus”, segundo o presidente da Câmara da Guarda.


O projeto é liderado pela Guarda e envolve ainda os municípios de Covilhã, Manteigas, Seia, Gouveia e Celorico da Beira.


Segundo o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), o município deliberou, por unanimidade, na reunião do executivo realizada na quarta-feira, dia 22 de fevereiro, aprovar a proposta de estabelecimento da parceria para execução dos estudos relativos ao plano de avaliação dos recursos hídricos do PNSE.


O autarca disse esperar que as medidas relacionadas com o abastecimento de água e a produção de energia renovável ou regadios que possam sair do documento sejam incluídas no Plano de Revitalização da Serra da Estrela, que foi criado após o incêndio do verão de 2022, que consumiu 24 mil hectares de área.


“Nunca isto foi feito. Nem na Guarda, nem na abrangência do Parque Natural da Serra da Estrela. Congregar todos os esforços destes seis municípios para elaborar este projeto, este plano de avaliação, dos recursos hídricos do Parque Natural da Serra da Estrela”, vincou Sérgio Costa.


Na sua opinião, “é muito importante” para a atual geração e para as gerações vindouras que possa existir “um documento orientador” sobre o verdadeiro potencial hídrico” da serra da Estrela, para que sejam evitadas situações relacionadas com a falta de água nas barragens da região, como aconteceu no início do inverno.


“Este plano não vai ter tabus. Na abrangência dos seis concelhos do Parque Natural da Serra da Estrela vamos olhar para a necessidade (…) da [construção da] barragem da Cabeça Alta, em Celorico da Beira, da barragem da Assedasse, entre a Guarda e Gouveia, mas também da necessidade de uma outra barragem na Covilhã. Não podemos olhar nem a tabus, nem a dogmas”, afirmou o autarca independente.


Sérgio Costa lembrou que os autarcas estão obrigados “a encontrar os instrumentos necessários” para responderem às necessidades das populações e proporcionarem o aumento da resistência e da resiliência dos territórios.


Salientou que “nunca foi feito um plano com esta envergadura” na região e o município da Guarda está disponível para liderar o projeto de parceria que envolve os seis municípios da área de abrangência do PNSE.


A contratação “já está a ser feita” e todas as medidas que saírem do estudo serão apontadas para integrarem o plano de revitalização daquela área protegida.


“É um processo construtivo que se irá desenrolar ao longo dos próximos meses. E esperemos que lá para meados do ano tenhamos as conclusões deste estudo”, concluiu o presidente da Câmara Municipal da Guarda.


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