Na passada sexta-feira, dia 1 de fevereiro, o Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, garantiu a continuidade dos meios aéreos no Aeródromo da Serra da Estrela, em Seia, durante a visita realizada ao concelho.
A garantia foi deixada numa reunião de trabalho, no Centro Municipal de Operações de Socorro, com as entidades de diversas áreas de intervenção em matéria da prevenção e combate a incêndios, nomeadamente as corporações de Bombeiros Voluntários do concelho, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Força Aérea Portuguesa, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Guarda Nacional Republicana (GNR), Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e Força Especial de Bombeiros.
Na reunião, José Artur Neves deixou notas da importância do trabalho de prevenção contra os incêndios, frisando que, estão a ser planeadas reformas profundas ao sistema, onde os municípios absorvem um papel importante e que, apesar de no imediato haver um reforço no combate, progressivamente o Estado vai gastar mais na prevenção no que no combate, como indica uma nota do município.
O Secretário de Estado da Proteção Civil teve a oportunidade de visualizar no terreno os trabalhos em curso de beneficiação da rede viária e divisional florestal que está a ser executada entre as localidades do Furtado e Vila Cova à Coelheira (num total de 14km), elogiando a programação, infraestruturas, meios e recursos humanos que o município tem alocados à proteção civil, dos quais destacou as instalações do Aeródromo e do Centro Municipal de Operações de Socorro.
Mais tarde, o governante afirmou que a reunião de trabalho no terreno permitiu observar o trabalho que tem sido realizado pelo município de Seia, no âmbito da prevenção e defesa da floresta contra incêndios. “Foi importante ver in loco esta infraestrutura, reconhecendo no Município de Seia um esforço acima da média na área da proteção civil”.
Questionado sobre qual o papel reservado ao aeródromo, o Secretário de Estado falou no início de um caminho que está a ser traçado, sendo que já havia afirmado que os meios aéreos do ano passado serão para manter, ou seja, a permanência de dois bombardeiros pesados Canadair.
“Numa altura em que se anunciam e ocorrem profundas transformações nas áreas da proteção civil, socorro e defesa da floresta contra incêndios, quisemos reafirmar que estamos bem preparados para acompanhar, na primeira linha, essas mudanças. Apesar das dificuldades, com alguns problemas aqui ou ali (que vamos corrigindo), dispomos de recursos materiais e humanos com excelentes padrões de qualidade e um dispositivo exemplar, dotado de capacidade técnica e bons profissionais, ao qual temos procurado dar todas as condições para que desempenhe com eficácia a sua missão”, adiantou o autarca, acrescentando “fazer todo o sentido, num momento em que os recursos não abundam, que o Estado continue a potenciar a utilização deste equipamento, no qual a Câmara muito tem vindo a investir nos últimos anos”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Seia, Filipe Camelo.
O edil acredita que o Governo, “tem aqui uma oportunidade para compatibilizar a ação com o discurso político da valorização do interior, continuando a alocar aqui os meios aéreos de combate a incêndios, bem como outras valências e serviços no quadro da proteção civil, uma base logística ou um centro de formação”.
O Serviço Municipal de Proteção Civil de Seia conta com uma equipa de sapadores florestais, duas equipas de intervenção, uma equipa de identificação e análise de situação de risco, e dois técnicos. Ao nível de equipamento, dispõe de uma máquina de rastos, um camião porta máquinas, três tratores equipados para trabalho florestal, uma escavadora de rastos com cabeça destroçadora, 7 viaturas operacionais, duas das quais afetas às equipas de intervenção, e duas viaturas de coordenação. No âmbito da intervenção, atualmente tem em curso a execução de candidaturas do Fundo Florestal Permanente, nomeadamente no âmbito Plano Nacional de Fogo Controlado (foram tratados 27 hectares), diversas queimadas extensivas para apoio a pastoreio, a execução de faixas de gestão de combustível e a reabilitação e requalificação dos ecossistemas ribeirinhos nos rios Alva, Seia e Mondego.